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  1. Dia Internacional da Mulher #3

    quarta-feira, 8 de março de 2017


  2. A razão do deputado polaco
     
    As mulheres são bastante mais mal pagas do que os homens a desempenhar a mesma função. Os homens têm acesso aos melhores empregos nas melhores empresas. Eles dominam por completo as administrações do PSI 20 e há leis para disfarçar a coisa, tentando impor uma quota para elas.
    No Dia da Mulher, o DN procura fazer um retrato de como são as coisas no mercado de trabalho. Não há grande novidade e por isso é notícia. Do início da luta feminista até hoje passaram décadas, houve avanços, mas a discriminação continua a ser gritante. Eu tenho filhas e não sei como lhes explicar este mundo onde elas estão a crescer e onde um dia vão entrar no mercado de trabalho.
    Já tive de lhes explicar que o eurodeputado polaco Janusz Korwin-Mikke é um parvalhão. Um parvalhão que disse que "as mulheres devem receber menos porque são mais pequenas, mais fracas e menos inteligentes". Eu não quero que as minhas filhas cresçam ouvindo este tipo de coisas, mas teria um problema sério em explicar-lhes a primeira parte daquela conversa. Até porque estou convencido de que o conjunto da sociedade verdadeiramente não gostou de o ouvir dizer que elas "são mais pequenas, mais fracas e menos inteligente", porque quanto ao facto de as mulheres deverem ganhar menos a sociedade dá inteira razão a Janusz.
    A sociedade continua bastante machista, mais tolerante para ouvir as queixas das mulheres mas eternamente indisponível para lhes dar razão e acrescentar sentido prático ao debate pela igualdade de género, que vimos fazendo há décadas. Dividir riqueza sem handicap é coisa para uma conversa de séculos. Há lá coisa mais absurda do que a notícia que ontem deu o DN?: "Após o divórcio, os homens podem casar-se seis meses depois, as mulheres têm de esperar mais quatro." A lei é de 1967, mas nunca ninguém a quis mudar. É agora intenção do Bloco de Esquerda fazê-lo. Acham que o problema é o Janusz? O que fazemos dá-lhe razão, mesmo que pensemos o contrário.

    Artigo de autoria de Paulo Baldaia no DN online.

  3. Acima de tudo importa vincar que este não é um dia para prendinhas, parabéns e jantares! Ao invés, deve servir para fazer menção ao facto das mulheres não terem as mesmas oportunidades profissionais e quando as têm são mais mal remuneradas; pelo facto de serem penalizadas com a gravidez; pelo facto de serem tratadas como inferiores - vide, por exemplo, o presidente dos EUA ou o deputado polaco do Parlamento Europeu. Assim, o 8 de março deve servir para empoderar as mulheres, começando logo pelas mais novas.

     



  4. Par de cromos!

    quinta-feira, 2 de março de 2017