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  1. Ex aequo

    Esta publicação da Associação Portuguesa de Estudos sobre as Mulheres (APEM) tem como missão promover o desenvolvimento, a visibilização e a legitimação do conhecimento produzido no âmbito dos Estudos sobre as Mulheres/ Estudos de Género / Estudos Feministas. Procura, igualmente, facilitar o intercâmbio entre quem investigação sob a égide das perspectivas destes Estudos ao nível académico, governamental ou das organizações cívicas e culturais. Contribuir para os debates em torno da situação das mulheres e da igualdade entre mulheres e homens na sociedade portuguesa.

    O actual número (36) contem o dossier: Género, Educação e Cidadania: Conhecimento, Ausências e (In)Visibilidades.

    Imperdível para quem se interessa pelas questões de educação para a saúde/sexualidade/cidadania.

  2. Estudo sobre Violência no Namoro

    sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

    Têm 15 anos em média. Rapazes e raparigas. Para muitos (40%), se alguém impede o namorado ou a namorada de se vestir de determinada forma, isso não é violência. Se numa discussão entre os dois há insultos, isso não é violência (25%). E também não o é uma agressão corporal se dela não resulta uma ferida ou uma marca (8%). Já a violência sexual — forçar beijos em público, pressionar ou coagir para ter relações sexuais, por exemplo — é legitimada por um quarto dos 4000 inquiridos num estudo da UMAR, União de Mulheres Alternativa e Resposta, que é apresentado nesta quarta-feira, no Porto. Ou seja, é considerada “natural”.
    Isto é o que muitos jovens acham de diferentes situações que lhes são apresentadas em teoria. Na prática, se atendermos apenas aos cerca de 3000 da amostra que dizem já ter tido “uma relação de intimidade”, mais de metade (56%) relata actos que configuram, de alguma forma, violência no namoro.
    (...)
    Os dois terços de jovens em 4652 inquiridos que declaram já ter tido um “relacionamento amoroso” e que podem falar da sua experiência pessoal dizem isto: 18% relatam ter sido alvo por parte do parceiro de situações que se enquadram na violência psicológica; 11% reportam situações de “controlo” (proibição de falar com certos amigos ou amigas, ou de vestir algum tipo de roupa, por exemplo); 6% declaram ter sido alvo de violência física.
    E, “apesar de, neste estudo, participarem pessoas com idades muito jovens, a prevalência média de violência sexual é de 7%”, prossegue a equipa coordenada por Maria José Magalhães. O comportamento mais habitual nesta forma de violência é o pressionar a vítima para beijar o companheiro ou a companheira à frente de outras pessoas (8%). “Numa percentagem preocupante”, 5% dos jovens referem já ter sido pressionados pelo companheiro para ter relações sexuais.
    “Os resultados obtidos sobre a vitimação através das redes sociais são também alarmantes”, continua o resumo da UMAR. “Uma vez que 12% dos/as inquiridos/as revelam ter sido vítimas desta nova forma de violência no relacionamento. Dentro da violência através das redes sociais, o comportamento mais frequente é entrar no Facebook ou outra rede social, sem autorização da vítima (20%). Foram também colocadas questões sobre a partilha online de conteúdos íntimos sem autorização, e 4% dos/as jovens (sem diferenças significativas quanto ao sexo) afirmam ter sofrido esta forma de violência).”
    Em suma, a primeira conclusão deste estudo é que dos jovens que já tiveram uma relação de intimidade, 56% sofreram actos de vitimação que configuram a violência no namoro. A segunda conclusão é que “68,5% do total de jovens aceitam como natural pelo menos uma das formas de violência na intimidade”, física, psicológica, sexual, nas redes sociais... “Esta normalização das situações descritas reproduz a legitimação social da violência nas relações de intimidade”, sendo que esta “naturalização da violência” é ainda mais frequente nos jovens e nas jovens que identificaram ter sofrido actos de vitimação (76,9%).
    A terceira conclusão é que quando se comparam estes dados com os de um estudo semelhante divulgado em 2017, pela UMAR, a situação piorou em várias dimensões analisadas, tanto em termos de legitimação da violência como de vitimação. A percentagem de vítimas de violência sexual passou de 24% para 25%. A proporção dos que foram alvo de perseguição passou de 25% para 26%. As vítimas de violência física eram 6% e são agora 8%....
    “Pode também concluir-se que a naturalização da violência é maior nos rapazes em todas as formas de violência estudadas”, sobretudo no que diz respeito à violência sexual, prossegue a síntese. (...)
    Mais: “É pertinente referir que não podem desvalorizar-se quaisquer formas de violência, já que estas têm repercussões a vários níveis para os/as jovens; e que desconstruir a normalização/legitimação destes comportamentos será minimizar a probabilidade dos jovens se manterem em relações violentas”.
    Por isso, estes resultados devem ser analisados por educadores, professores, pais, mães e sociedade em geral, "particularmente porque indicam o panorama real da situação portuguesa no que à violência no namoro diz respeito mostrando a enorme necessidade de prevenção primária a este nível”. (retirado daqui)

    FONTE: Público online

  3. Dia dos Namorados

    quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018


  4. Para uma plena igualdade no acesso e participação de raparigas e mulheres na Ciência, em 2015, a ONU declarou o 11 de fevereiro como o Dia Internacional das Mulheres e Raparigas na Ciência.
    Um estudo realizado pela ONU em 14 países, revela que a probabilidade de estudantes femininas concluírem licenciaturas, mestrados ou doutoramentos nas áreas científicas são de 18%, 8% e 2%, enquanto a percentagem de estudantes masculinos é de 37%, 18% e 6%, respetivamente.
    Em Portugal, apesar dos grandes avanços ocorridos após a revolução de 25 de Abril de 1974 em matéria de igualdade entre mulheres e homens, os indicadores refletem um maior número de rapazes em áreas de estudos das Ciências, Tecnologias, Engenharia e Matemática (CTEM) do que raparigas. Embora esta assimetria seja menos acentuada do que noutros países e, por exemplo, as portuguesas representem mais de metade das pessoas diplomadas em Ciências, Matemática e Informática, já nas Engenharias, Indústrias Transformadoras e Construção elas são ainda apenas 33%.
    Desta forma, continua a assistir-se a uma segregação das ocupações profissionais em razão do sexo, muitas vezes com as mulheres a ocuparem áreas profissionais que não são tão reconhecidas, nem tão bem remuneradas.
    Porque a ciência e a igualdade de género são vitais para o desenvolvimento sustentável das sociedades, é preciso incentivar rapazes e raparigas, homens e mulheres, a experimentar todas as possibilidades que a realidade oferece e, assim, poder fazer as suas escolhas de forma livre e informada.



  5. Call Me By Your Name

    domingo, 4 de fevereiro de 2018

    Um filme imperdível!
    Vejam, mostrem aos/às vossos/as alunos/as e discutam as temáticas - o amor, a adolescência, as relações interpessoais, o papel dos pais, a orientação sexual,...
    Atenção que, em meu entender, é redutor, para não dizer errático, dizer que o filme é sobre homossexualidade!