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  1. Contracepção de emergência

    sábado, 20 de abril de 2013

    A utilização da pílula do dia seguinte continua a gerar algumas concepções erradas, quer por falta de informação, quer por má informação. Nalguns casos, pessoas com responsabilidade, como o autor(a) do texto retirado da revista de sábado do 'Correio da Manhã', não fazem tudo o que está ao seu alcance para esclarecer e contribuir para uma vivência saudável da sexualidade.
    Vejamos:
    > Seria necessário começar por referir que no caso do preservativo rebentar, há risco de contrair infecções sexualmente transmissíveis;
    > A leitora não refere se a toma foi no mesmo ciclo menstrual, algo que deve ser acautelado. A administração repetida durante o mesmo ciclo menstrual acarreta uma sobrecarga hormonal indesejável que poderá causar perturbações graves no ciclo menstrual;
    > Seria necessário referir que no caso da leitora continuar a ter relações sexuais depois de usar a pílula do dia seguinte, deve utilizar um outro método de contracepção até ao fim desse ciclo menstrual;
    > É referida a (possível) eficácia até um período de 150 horas, contudo falta dizer que, segundo os ensaios clínicos, a eficácia diminui com o tempo decorrido após a relação sexual não protegida;
    > O texto dá a ideia que a pílula do dia seguinte é um método igual aos outros, que, como tal, pode ser usado sistematicamente. Tal não corresponde à verdade, pois esta pílula só deve ser utilizada em casos de emergência. Um planeamento familiar seguro e eficiente deve passar por outro métodos contraceptivos como o preservativo, a pílula, o DIU, o implante e o adesivo;
    > A pílula do dia seguinte tem alguns (possíveis) efeitos secundários (náuseas, dores abdominais inferiores, fadiga, cefaleias, tonturas, tensão mamária, vómito, menstruação abundante, diarreia, hemorragia, atraso na menstruação) que não podem ser menosprezados.
     
    Alerto, mais uma vez, para a necessidade de se fornecer informação rigorosa e cientificamente correta aos jovens e, como aqui se prova, ela nem sempre é de qualidade. Assim, pais, professores, educadores e profissionais de saúde devem tomar a iniciativa e não deixar os jovens procurarem informação 'por aí'.
    Por fim referir que a pílula do dia seguinte pode ser utilizada para evitar gravidezes não desejadas ou não planeadas e, neste sentido, contribuir para o não recurso à interrupção voluntária da gravidez.
     

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