A coordenadora do Centro de Aconselhamento e Orientação de Jovens (CAOJ) do Porto, Teresa Vilaça, considerou hoje que "ainda há muito a fazer" em Portugal quanto à educação para a sexualidade nas escolas portuguesas, em especial dar formação aos professores.
"Estamos praticamente no início", afirmou, em declarações à Lusa, Teresa Vilaça, que hoje participou no seminário "Investigação e Práticas em Educação em sexualidade", que decorreu na Fundação Manuel António da Mota, no Porto.
Segundo a professora da Universidade do Minho, a "lei está bem construída, prevendo que o projeto educativo de cada turma contemple educação para a saúde, nomeadamente a educação para a sexualidade, mas falta dar formação aos professores". (mais aqui)
Penso exatamente o mesmo que Teresa Vilaça - falta formação, de qualidade, aos professores.
Muitas vezes aponta-se a motivação, o interesse e o à-vontade dos professores como sendo aspetos fulcrais na implementação da educação sexual na escolas, no entanto, é comum olvidar que, efetivamente, o que é necessário é formação. De resto, inúmeros estudos apontam neste sentido, como por exemplo, concluí na minha dissertação de mestrado:
"A formação continua a ser um entrave à melhoria do desempenho dos docentes nas sessões de ES (educação sexual), pois como demonstra o presente estudo, o aumento desta traz mais conforto, atitudes mais positivas, os professores ficam mais predispostos para desenvolverem sessões de ES e quando o fazem estas resultam melhor." (p.118, Macário, 2010).
Mas atenção que os professores não são os únicos. Entre os profissionais de saúde também acontece algo semelhante (Brás, 2008).
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