Hoje, véspera de se conhecer o Nobel da Paz, a jovem paquistanesa Malala Yousafzai venceu o Prémio Sakharov - distinção de direitos humanos do Parlamento Europeu.
Fala-se com insistência no nome de Malala, jovem de 16 anos, para receber o galardão da academia sueca em prol da Paz, ao que a própria responde que não merece, pois apenas defendeu que ela e as outras meninas possam ir à escola.
Malala começou a ser conhecida aos 11 anos quando começou a escrever um blogue para a BBC, no qual descrevia a vida sob domínio dos talibãs no Swat, vale no noroeste do Paquistão onde vivia.
Entre outras regras primitivas e absurdas, pelo menos à luz do mundo civilizado do séc. XXI, é negado o direito das mulheres à educação. Malala ousou apanhar o autocarro para ir à escola e foi alvejada a tiro por talibãs, há um ano. O resto da história já conhecem dos telejornais.
Faz correr mundo a sua declaração nas Nações Unidas, que de resto faz de slogan do livro inspirado na sua história: «Uma criança, um professor, uma caneta e um livro podem mudar o mundo».
Em Espanha algumas mulheres da organização Femen manifestaram-se, em tronco nu, nas galerias do Congresso de Deputados, contestando a proposta de reforma da lei do aborto e interrompendo, por momentos, a sessão de controlo ao Governo. Gritavam: "o aborto é sagrado". O ministro da justiça disse, entre outras coisas, apenas pretender defender os direitos das mulheres!
Na reforma que o PP, partido no poder, pretende levar a cabo apenas será possível interromper a gravidez em três casos: violação (nas primeiras 12 semanas), dano para a vida ou saúde física ou psíquica da mãe e más formações físicas ou psíquicas do feto (nas primeiras 22 semanas), ou seja retroceder a 1985!
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