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A constatação faz parte do estudo Saúde em Igualdade - Pelo acesso a cuidados de saúde adequados e competentes para pessoas lésbicas, gays, bissexuais e trans, realizado com recurso a 600 inquéritos, feitos entre Junho e Novembro de 2014. Especificamente em relação aos 249 inquiridos que estão a ser seguidos ao nível da saúde mental ou psicoterapia, pelo menos 27 pessoas (11%) afirmaram que o profissional de saúde lhes sugeriu que a homossexualidade é uma doença e pode ser "curada".
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"Numa consulta, a médica, cuja especialidade era ginecologia, considerou a homossexualidade como uma doença, para a qual é necessário tratamento", refere uma mulher lésbica, de 21 anos. Outra, com 27 anos, conta: "A enfermeira que fez a triagem questionou a relação que eu tinha na altura com uma pessoa do mesmo sexo, dando a entender que era uma fase".ler o resto aqui
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"Numa consulta, a médica, cuja especialidade era ginecologia, considerou a homossexualidade como uma doença, para a qual é necessário tratamento", refere uma mulher lésbica, de 21 anos. Outra, com 27 anos, conta: "A enfermeira que fez a triagem questionou a relação que eu tinha na altura com uma pessoa do mesmo sexo, dando a entender que era uma fase".ler o resto aqui
fonte: público online
Alguns depoimentos retirados do estudo:
“A pessoa que me ‘entrevistou’ para efeitos de teste de HIV foi bastante
indelicada julgando os comportamentos sexuais que partilhei ter feito. Fê-lo de
uma forma desadequada, que me deixou bastante embaraçado. Não voltei mais
àquele serviço. Na altura não apresentei queixa, mas devia tê-lo feito.”
Homem gay, 27 anos
“Perguntaram-me pelo meu parceiro, sem considerar que podia ter uma relação
com uma mulher.” Mulher bissexual, 37 anos
“Levei algumas vezes ‘lições moralistas’ sobre a minha orientação sexual.” Homem gay, 46 anos
“Consultei um psiquiatra no final de uma relação. Após ter descrito todos os
problemas que me levaram a consultá-lo, o comentário dele foi: ‘Mas porque
é que uma menina tão bonita se anda a envolver com outras meninas?’.
Dada a análise, levantei-me e saí.” Mulher bissexual, 38 anos
“Deixaram de me atender da mesma forma no centro de saúde assim que disse
que a pessoa que fazia parte do meu agregado familiar era minha namorada.” Mulher lésbica, 24 anos
“Procurando criar empatia comigo, [o/a profissional de saúde] pôs-se a contar
anedotas homofóbicas.”
Homem gay, 58 anos
“Na primeira consulta com um ginecologista a reação à minha orientação sexual
foi, apesar da tentativa de disfarce, de embaraço. Optou por não me observar,
demonstrando total incapacidade de lidar com a situação.” Mulher lésbica, 37 anos
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