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  1. Love is Respect

    quinta-feira, 30 de junho de 2016

    A missão de Love is respect é educar e capacitar os jovens para prevenir e (idealmente) acabar com relacionamentos abusivos.


    O site está recheado de informação e materiais para ajudar jovens (e menos jovens), pais e educadores(as) a denunciarem, evitarem e prevenirem relacionamentos abusivos. 

    Destaco os questionários que poderão ser extremamente úteis e interessantes para trabalhar esta temática com as(os) jovens.

    Todo o material está disponível em inglês e em espanhol. 

  2. Os Usos do Tempo de Homens e de Mulheres em Portugal

    terça-feira, 28 de junho de 2016

    Os jornais e sites noticiosos fizeram várias manchetes com os resultados do estudo que titula este artigo. Há títulos para todos os gostos, mas quase todos refletem uma realidade - a igualdade de género continua a ser uma meta distante!

    O dado que mais me entristece é o facto de 70% das mulheres achar que é justo o desequilíbrio nas tarefas domésticas, em seu prejuízo. Como disse a coordenadora do estudo ao Público “há uma naturalização, tanto de homens como de mulheres, relativamente ao que continua a ser socialmente esperado de si, no contexto das famílias. E daí este grau menos apurado de percepção das injustiças que rodeiam esta realidade”. Eu acrescentaria que são muitos séculos de uma sociedade machista e patriarcal.


    Ainda não consegui aceder ao estudo, quando o fizer partilharei por aqui.


  3. Esterilização de deficientes: Governo averigua denúncias sobre um tema “tabu”

    Há muito que sabia desta realidade, mas pensei que já não existisse. Pelo menos com participação e conivência do SNS, da ordem dos médicos e, em última instância, do estado português. Enganei-me!
    Mais a mais, numa altura em que passam 6 anos da ratificação portuguesa da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, onde se prevê, entre outros aspetos, que estas têm direito a uma vivência plena da sua sexualidade. Também o Código Deontológico da Ordem dos Médicos refere que “em casos de menores ou incapazes, os métodos de esterilização irreversíveis” implicam “sempre” o “prévio consentimento judicial”, o que, claramente, não tem acontecido.
    Contudo, já em abril as Nações Unidas tinham denunciado que, em Portugal, pessoas com deficiência, “especialmente aquelas que foram declaradas legalmente incapacitadas, continuam a ser, contra sua vontade, objecto de interrupção da gravidez, esterilização” e outras intervenções.

    Sei que, eticamente, o assunto é complicado, mas a esterilização forçada e sem consentimento remete-nos para um quadro onde negro onde sobressaem os EUA do início do século passado ou para a Alemanha nazi.

    Aconselho também a leitura do seguinte testemunho de uma mãe:
    “A laqueação das trompas da minha filha foi das decisões mais difíceis que tive que tomar”

  4. "Espelho Eu"

    quarta-feira, 22 de junho de 2016

    O projeto Espelho Eu é resultado de uma parceria entre o Instituto de Apoio à Criança (IAC), a Associação de Mães e Pais pela Liberdade de Orientação Sexual e Identidade de Género (AMPLOS) e a empresa BENEXT.

    Para já é uma página de facebook - “Espelho Eu”, mas pretende ser uma plataforma de informação e partilha sobre diversidade de expressões e de identidade de género na infância. Está na calha um site e há conferências, workshops e ações de formação pensadas sobre o tema.
    Transcrevo alguns excertos de noticia do Observador sobre este projeto:

    “Há uns anos fui professora de uma turma fantástica de 1º ano. Alunos com 5 e 6 anos. Havia um menino que não gostava de ir jogar à bola com os colegas. O que ele gostava mesmo era de ficar com as raparigas a fazer desfiles de moda. Quando fazíamos teatrinhos, perguntava-me sempre: ‘Professora, posso escolher a minha personagem? Quero fazer qualquer uma desde que seja uma menina!'”
    A vontade de Vasco (nome fictício) ilustra uma expressão de género diferente da esperada, com base no género atribuído à nascença. Neste caso, Vasco nasceu rapaz porque assim indicou o seu órgão genital. Mas, aos 6 anos, Vasco baralhou o que era expectável e gosta mesmo é de coisas ditas femininas.
    (...)
    Conheci um pai que proibiu o filho de brincar com bonecas, então o menino andava sempre com desenhos de bonecas com ele. Outros só deixam os filhos estar 10 minutos a brincar com as bonecas, negoceiam o tempo, como se fosse algo nocivo. Tipo quando os pais só deixam os filhos estar 10 minutos no iPad”, aponta Margarida.
    O menino mais novo que apareceu na AMPLOS tinha 4 anos. O mais velho tinha 10 anos. Aqui há (mesmo) diferenças entre eles e elas. Elas “são mais livres de brincar como querem”, nota Margarida, e não alarmam tanto as famílias. Já quando eles fogem dos estereótipos masculinos, o despertador soa mais alto. “A família não acha muita piada a um menino que goste de usar brilhantes, ou rosa choque, ou que adore a Chica Vampiro. Há quem evite alguns almoços e jantares para não expor os filhos, porque os amigos da família fazem comentários. Ou então ralham com os filhos e ordenam: ‘Não vais sair de casa assim’. O estigma é muito grande”, sublinha a professora Marta, uma das responsáveis do IAC por este projeto.
    Há muitos estereótipos nas salas de infantário. Há o cantinho das bonecas, o canto dos carrinhos, o canto da cozinha e do ferro de engomar. Sem querer, estes espaços condicionam a expressão de género”, diz Margarida Faria.
    O conflito interior da criança pode desencadear um conflito nas famílias. “Temos pais que se estão a separar e que têm posições diferentes nestas questões. São famílias que discordam na maneira de tratar o assunto”, esclarece Margarida Faria. Há sobretudo alguma dificuldade em falar sobre o assunto, porque temem os rótulos,“temem que o filho venha a ser homossexual ou transexual”, acrescenta a professora.
    (...)
    Ser ‘maria-rapaz’ acaba por não fazer mal, até é engraçado, mas ser ‘mariquinhas’ já é diferente”, sublinha Marta Rosa.
    O nome, esse, é um trocadilho com a expressão do pedaço de vidro que nos mostra quem somos. É fruto de uma ação pro-bono da BeNext, que também desenhou o logótipo. “O nome é uma evolução de ‘Espelho Meu’. É um reflexo mais profundo do que se é além do que se vê à primeira vista. A relação com o espelho pode parecer óbvia mas, no caso destas crianças, é o momento em que se confrontam com a ‘sua’ imagem que pode não corresponder àquilo que elas ‘são’ no seu íntimo“, explica Raul Reis, diretor criativo da agência de publicidade e design.
    A imagem do projeto reflete precisamente essa fusão entre feminino e masculino. “Representa essas dúvidas que chegam da intimidade. O círculo representa o mundo fechado em que estas crianças vivem, porque têm duvidas sobre a aceitação. Os dois rostos dão esta dupla função de causar essa ambiguidade. Esta figura que se vê ao espelho vê na realidade outra figura”, remata o criativo.
    Esta é também uma questão de cores. Tanto o IAC como a AMPLOS clamam pelo fim dos “bibes cor de rosa e azul” e da “chuva de roupas rosa ou azul que rebenta quando a grávida diz de que sexo é o bebé”. Em vez disso, sugerem que seja dada liberdade pelos pais e educadores para que as crianças escolham as brincadeiras, os desportos e as roupas que quiserem. O próprio logótipo não foi colorido ao acaso.“Quisemos escolher cores mais ambíguas que também refletissem a dúvida, e fugir ao óbvio rosa e azul”, explica Raul.
    Segundo a presidente da AMPLOS, um dos objetivos principais é dizer a crianças e famílias “que não estão sozinhas” e passar a mensagem, através de testemunhos e artigos, de que “é essencial que as crianças cresçam em ambientes seguros, livres, venham a ser o que forem. A fluidez de género é só isso — fluidez de género. O futuro não se sabe”, sublinha.
    A página é gerida em conjunto pelas duas organizações e por pais de crianças com fluidez de género. Os professores e médicos são alvos preferenciais: “Nós no IAC sabemos que há professores que não sabem lidar com uma expressão de género diferente na sala de aula ou no recreio. Há crianças que são encaminhadas para o psiquiatra.As atitudes que se tomam nesta idade podem ter consequências terríveis”, adverte.
    Vasco queria ser uma menina nas peças de teatro da escola e o pedido não foi problemático. Nem para a professora Marta Rosa nem para as restantes crianças. “Ele assumia a personagem de menina em tudo: na voz, nos gestos, no andar. Os outros miúdos achavam imensa piada. Mas isto nem sempre acontece assim”, conclui a professora.

  5. Contraceção de longa duração

    domingo, 19 de junho de 2016

    Tudo, mas mesmo tudo, que sempre desejou saber sobre contraceção de longa duração pode ser encontrado neste magnífico site, patrocinado pela Bayer. Pois...não há almoços grátis!


    É super intuitivo, usa linguagem simples e clara. Cientificamente, apresenta-se sem mácula e, visualmente, é muito interessante.
    Deve fazer parte dos favoritos de todas as mulheres e homens, jovens e menos jovens. Sim, homens também! Embora o corpo seja da mulher e a decisão final seja dela, penso que o homem também deve ser ouvido na politica contracetiva/planeamento familiar a seguir pelo casal. 


    Também é possível descarregar uma checklist para ajudar a conhecer e a decidir (se se pretender) qual a contraceção de longa duração mais adequado para cada caso específico.

  6. Ilustrar Sentimentos

    sexta-feira, 10 de junho de 2016

    No âmbito da oficina de formação "Educação Sexual em Contexto Escolar: da Teoria à Prática" que tive o prazer de orientar em Lagos, propus às formandas que realizassem a atividade 'Ilustrar sentimentos'. Esta atividade consiste em, tal como no nome diz, ilustrar, com desenhos, palavras, imagens,... um sentimento. No caso, os sentimentos/emoções foram sorteados, mas poderiam ter sido de escolha livre.

    Esta pode ser uma atividade muito interessante para abordar com os(as) alunos(as) a temática dos afetos. Poderá culminar numa exposição dos trabalhos elaborados. 


    No caso da oficina que orientei, os trabalhos eleitos como sendo os melhores foram os seguintes: 


  7. E se fosse consigo? - Violência Doméstica

    terça-feira, 7 de junho de 2016


  8. Violência no namoro

    segunda-feira, 6 de junho de 2016

    O tema da violência no namoro entrou na trama da série juvenil da TVI - Massa Fresca.
    Os atores que interpretam as personagens que retratam o problema participam neste vídeo, publicado no Facebook da novela/série da TVI, onde dão algumas pistas sobre como detetar e o que fazer na presença de violência no namoro.
    Os dois jovens atores terminam o vídeo referindo "se não acabaste até aqui, acaba, porque daqui para a frente só vai piorar. Pede ajuda a amigos e família. Porque só faz sentido namorar com uma pessoa que gosta de ti".

  9. O Centro Hospitalar de São João (CHSJ) realizou pela primeira vez, uma cirurgia de reatribuição sexual de feminino para masculino.
    Para a realização desta cirurgia foram envolvidas quatro equipas constituídas por profissionais de saúde especializados em várias áreas como sendo a cirurgia plástica reconstrutiva e estética, a ginecologia e a urologia. O utente em causa é seguido na Consulta de Medicina Sexual de Clínica de Saúde Mental e Psiquiatria do CHSJ e já tinha sido efetuada a mastectomia bilateral (remoção do tecido mamário das duas mamas) e histerectomia com anexotomia (remoção do útero).
    Nas palavras de Álvaro Silva, diretor do Serviço de Cirurgia Plástica do CHSJ: “Enquanto se realizava a faloplastia (construção do pénis) com retalho livre antebraquial radial esquerdo pela equipa de cirurgia plástica, o grupo de profissionais especializados em Ginecologia realizou a vaginectomia (remoção da vagina) a que se seguiu o alongamento da uretra e cistostomia (colocação do cateter urinário na bexiga) realizado por um urologista, bem como a construção do escroto (bolsa testicular) por um cirurgião plástico.”
    A equipa de Cirurgia Plástica trabalhou em conjunto na finalização da cirurgia que consiste na preparação dos vasos e nervos para a transferência do falo e respetivas anastomoses.
    “Esta cirurgia multidisciplinar só foi possível com a preciosa colaboração dos três serviços já referidos, mas também do serviço de anestesia que manteve o utente anestesiado durante as 12 horas da cirurgia, bem como toda a equipa de enfermagem do bloco operatório”, afirma Álvaro Silva.
    O Cirurgião plástico acrescenta que “o sucesso desta cirurgia deveu-se de forma significativa o investimento feito pelo CHSJ, na formação dos médicos internos de cirurgia plástica em centro de referência internacional na cirurgia de reatribuição sexual.