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  1. Portugal é atualmente o país europeu com menos abortos por cada mil nascimentos vivos, o que vem demonstrar que a interrupção voluntária da gravidez foi “um grande sucesso”, considera o diretor-geral da Saúde [Francisco George].
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    “A IVG foi um sucesso, um grande sucesso. Ao longo destes anos analisámos os registos e percebemos que, todos os anos, há menos interrupções do que no ano anterior. [O número] tem descido e essa descida é acentuada. Temos menos 15% de interrupções do que quando começámos e 15% é importante”, resumiu o diretor-geral da Saúde em entrevista à agência Lusa.
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    Segundo Francisco George, atualmente, Portugal está “no lugar mais cimeiro ao nível europeu” no que se refere às interrupções de gravidez, sendo o país com “menos interrupções por cada mil nascimentos vivos”.
    “[O aborto] era um problema da sociedade portuguesa.Interrupções feitas sem condições de higiene, de dignidade para a mulher. O reconhecimento deste direito [à IVG] veio melhorar as condições de saúde da própria mulher”, considera o diretor-geral da Saúde.
    O responsável pela saúde pública salienta que deixaram de chegar às urgências casos de mulheres com rutura de órgãos, como vagina e útero, decorrentes de manobras realizadas em abortos mal feitos.

    No início da aplicação da lei, Francisco George ainda “recebia protestos de alguns grupos” de cidadãos, mas diz que, hoje em dia, “já não se fala no assunto”.
    Aos que ainda possam ter dúvidas, deixa a questão: “Alguém se convence de que se a lei não existisse, as interrupções não existiam?”.

    O relatório oficial das interrupções da gravidez mais recente refere-se a dados de 2015, ano em que se registou o número de abortos mais baixo desde 2008, primeiro ano completo desde que entrou em vigor a lei que despenalizou o aborto até às dez semanas de gravidez.
    Este documento mostra que houve uma diminuição de 1,9% nos abortos por opção da mulher entre 2014 e 2015, tendo sido feitas 15.873 interrupções por decisão da grávida nesse ano.


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