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  1. Portugal no fundo da tabela da igualdade de género

    quarta-feira, 11 de outubro de 2017

    Portugal está no fundo da tabela no ranking dos países da Europa a 28 sobre igualdade de género, tendo subido uma posição e estando agora em 21.º, à frente da República Checa, Grécia, Croácia, Chipre, Luxemburgo, Roménia e Eslováquia.
    O ranking é elaborado pelo Instituto Europeu para a Igualdade de Género (EIGE, na sigla em inglês), segundo o qual a União Europeia a 28 está a conseguir fazer progressos em matéria de igualdade de género, ainda que de forma lenta.

    Os dados do EIGE (aqui), relativos a 2015, mostram que a média europeia está agora nos 66,2 pontos em 100, quatro pontos acima do valor de há dez anos, com a Suécia em primeiro lugar, com 82,6 pontos, e a Grécia no fim, com 50 pontos.
    (...)
    É mesmo na saúde que Portugal obtém a classificação mais elevada, 83,6 pontos em 100, sendo que nesta área o EIGE alerta para o facto de as desigualdades de género serem um desafio crescente para as sociedades envelhecidas.
    Apesar da pontuação tão alta, Portugal é incluído no grupo de três países, com a Lituânia e a Letónia, com as piores situações, com o EIGE a referir que a saúde é um indicador da situação económica e de educação de um país, já que “baixos níveis de educação significam uma saúde mais pobre, especialmente entre as mulheres”.
    Em matéria de trabalho, onde Portugal consegue 72 pontos, o EIGE aponta que tem havido um progresso muito lento nos últimos dez anos na União Europeia, com as pontuações mais elevadas na Suécia, Dinamarca e Holanda e as mais baixas na Grécia, Itália e Eslováquia.
    Já em matéria de dinheiro, Portugal consegue uma avaliação de 70,9 pontos, e é incluído no grupo de sete países com progressos marginais, abaixo dos três pontos, enquanto a maioria dos estados membros melhorou nesta área desde 2005, “trazendo as mulheres e os homens para igual acesso à independência económica”.
    Sobre a questão monetária, o EIGE aponta que as desigualdades ao longo da vida levam a maiores fossos de género nas idades mais avançadas, e que as mulheres enfrentam um maior risco de pobreza em idosas do que os homens, com 18% das mulheres e 12% dos homens com mais de 75 anos em risco de pobreza monetária.

    Onde Portugal tem a classificação mais baixa é em matéria de poder, com 33,9 pontos, mas onde é referido como tendo conseguido subir mais de 10 pontos graças a ter melhorado o equilíbrio entre géneros nas tomadas de decisão.
    O EIGE atribui grande parte do sucesso à introdução de quotas, apontando Portugal como um dos nove países com legislação específica e como um dos países onde houve mais progressos graças ao facto de a legislação de quotas estar a ser aplicada há mais tempo.
    No que diz respeito à educação, a classificação de Portugal chega aos 54,8 pontos, com o país a ser incluído no grupo de cinco onde a situação melhorou mais de 10 pontos no nível educativo e participação.
    Por último, no que diz respeito ao uso do tempo, onde Portugal obtém 47,5 pontos, o país é apontado como um dos nove que em 2015 atingiram a meta de providenciar creche a 33% de crianças com menos de três anos.
    Por outro lado, os homens portugueses são dos que menos usam do seu tempo nas tarefas domésticas, o que faz com que em Portugal haja um fosso de género de 60%.

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