Rss Feed
  1. A Educação Sexual Lá em Casa

    quinta-feira, 30 de maio de 2013

    Muitos pais/mães têm dúvidas sobre como e quando abordar "aquele" assunto com os seus filhos(as). O conselho que dou é: sejam sinceros e respondam sempre, pois se não o fizerem eles vão procurar a informação noutro local - colegas e internet - onde, na maior parte das vezes, encontram informação deturpada e recheada de mitos e estereótipos.
    Convém lembrar que o silêncio também é uma forma de fazer educação sexual, mas seguramente que não é a forma mais recomendável!


    A APF tem uma publicação que ajuda os pais com mais dificuldades a abordarem este assunto:
    "Pontos nos is - A Educação Sexual Lá em Casa"

  2. "Até agora todos os homens que tivessem tido relações homossexuais após 1977 estavam automaticamente proibidos de dar sangue no Canadá. O país decidiu agora alterar a lei de 1983 e permitir as doações por parte dos homossexuais, mas com uma excepção que está a gerar polémica: os dadores devem ter cumprido um período de celibato de pelo menos cinco anos. (...)
    O efeito perverso das restrições
    Aliás, investigadores de vários países têm vindo a argumentar que estas restrições estão desactualizadas, tendo em conta os desenvolvimentos tecnológicos do teste para o VIH e que, além disso, há vários grupos com riscos e aos quais não são impostas restrições. O Reino Unido também só aboliu esta restrição em 2011, mas ela ainda vigora, por exemplo, nos Estados Unidos. Além disso, há estudos que mostram que a proibição de os homossexuais doarem sangue pode ter o efeito perverso de estes mentirem sobre as suas práticas sexuais.
    (...)
    Alguma discriminação em Portugal
    Em Portugal, apesar de a lei não excluir os homossexuais, têm vindo a público algumas denúncias de discriminação na hora de dar sangue. Por exemplo, no ano passado o Bloco de Esquerda comunicou um caso concreto ao Ministério da Saúde e o partido garantiu que muitos homossexuais continuam a ser impedidos de doar sangue." [retirado daqui]

    Fonte: Público

  3. A Crise e os Jovens

    sexta-feira, 24 de maio de 2013

    Por estes dias, vai acontecendo muita coisa interessante e digna de relevo no que concerne aos cuidados que devemos dispensar às crianças e jovens. 
    Na saúde, decorre o Congresso em que me encontro a participar; em termos de Segurança, e políticas associadas, aconteceu hoje a VII Conferência "Crianças Desaparecidas e Exploradas Sexualmente" promovida pelo Instituto de Apoio à Criança (IAC), que contou com a presença, entre outras individualidades, da Rainha Sofia de Espanha.

    À boleia desta Conferência, o DN diz: "Crise pode levar jovens a mendigar e a prostituirem-se"
    «...a coordenadora do Projeto Rua do IAC, Matilde Sirgado, revelou que as equipas têm detetado, desde 2012, um "maior movimento" de jovens na rua, adolescentes entre os 14 e os 16 anos que "não estão propriamente a dormir na rua, mas que utilizam ou são explorados na rua, estão em risco, alguns em perigo mesmo".
    Segundo Matilde Sirgado, podem estar a "praticar a mendicidade, a prostituição e o tráfico de estupefacientes".
    Jovens, apontou, com "vínculos" familiares "frágeis" ou que fugiram de instituições de acolhimento, ou em que "as condições" de vida das suas famílias "se deterioraram", com "o acentuar da pobreza económica", fruto da crise.
    Os casos, sobre os quais o IAC não dispõe ainda de números concretos, têm sido diagnosticados, pelas equipas de rua ou por meio de denúncias, sobretudo na Baixa lisboeta e perto de grandes superfícies comerciais.
    Trata-se de adolescentes que, de acordo com Matilde Sirgado, abandonaram precocemente a escola e que, estando "entregues a si próprios", normalmente "passam rapidamente de vítimas a infratores".»
    (aqui)

    Resta referir que esta é uma realidade consumada e, infelizmente, vivenciada em vários locais do nosso país, sobretudo em zonas de imigração e sazonalidade. A Escola não se pode demitir, é-lhe exigido que esteja alerta e seja eficaz na deteção e denúncia destes casos. O abandono escolar e o absentismo nunca acontecem por acaso!


  4. Workshop

    terça-feira, 21 de maio de 2013

     
    23 de Maio de 2013, 15:30-17:00, Escola Superior de Saúde de Viseu

  5. Dia Internacional contra a Homofobia

    sexta-feira, 17 de maio de 2013

    Mais um dia a ser celebrado nas escolas: Dia Internacional Contra a Homofobia. Assinala-se no dia de hoje, porque foi a 17 de Maio de 1990 que a Organização Mundial de Saúde retirou a homossexualidade da lista de doenças mentais. Hoje, sublinha-se que a homossexualidade não tem cura porque não é doença. E não tem perdão porque não é pecado. Em 1991, a Amnistia Internacional passa a considerar que a discriminação contra homossexuais é uma violação dos direitos humanos.
    O ser humano pode ser homossexual, heterossexual ou bissexual. Qualquer destas orientações tem o mesmo valor clínico, sendo que a heterossexualidade é a condição mais comum. Deveria ser esta a única característica diferenciadora, mas o processo de educação humana no combate à homofobia está longe de ser concluído.
                       
    Este dia, mais do que ser assinalado nas escolas, deve dar o mote para vivências, actividades e projectos sem discriminação em função da orientação sexual ou da identidade de género.
    Para mais com os dados que nos são dados a conhecer no estudo da Rede Ex Aqueo: 42% de estudantes lgbt afirma ter sido vítima de bullying homofóbico; 67% dos jovens declaram ter visto colegas serem vítimas de bullying homofóbico; 85% dos jovens afirmam já ter ouvido comentários homofóbicos na sua escola; e menos de um sexto (15%) das situações culmina com algum tipo de repreensão à pessoa agressora.

    O mote internacional de 2013 é combater a Ciberhomofobia - manifestação de homofobia na internet e nos meios de comunicação social. Caracteriza-se pela criação, circulação ou incentivo de atitudes negativas sobre a homossexualidade e a identidade de género.
    Mais info aqui

    Em Portugal, aproveitando a boleia da celebração deste dia, foi aprovada na Assembleia da República a co-adopção de crianças por casais homossexuais. Os bispos lamentam. Deputados do CDS vão pedir a fiscalização da constitucionalidade desta lei.

    Sugestões de recursos para professores e pais:
    » Perguntas e respostas para pais e família de jovens gays e lésbicas, Vancouver School Board (em Inglês e Chinês)
    » Perguntas e respostas sobre orientação sexual na escola, Public Health Agency of Canada (em inglês)
    » Perguntas e respostas sobre identidade de género na escola, Public Health Agency of Canada (em inglês)
    » Gender Spectrum Handbook: What Educators Need to Know (em inglês)
    » Educar para a Diversidade. Guia para professores sobre Orientação Sexual e Identidade de Género. Rede Ex Aqueo.
    » Perguntas e Respostas Sobre Orientação Sexual e Identidade de Género. Rede Ex Aqueo.

  6. Dia Internacional da Família

    quarta-feira, 15 de maio de 2013

     
    Comemora-se hoje, 15 de Maio, o Dia Internacional da Família. Esta data, proclamada pela primeira vez em 1993, na Assembleia Geral da ONU, através da resolução A/RES/47/237, reflete a importância que a comunidade internacional atribui às famílias. De facto, a celebração deste dia permite consciencializar a sociedade sobre a importância da família ao mesmo tempo que procura aumentar o conhecimento dos processos sociais, económicos e demográficos que afetam as famílias.
    Todos os anos é publicada uma mensagem do Secretário Geral da ONU. A deste ano (aqui) refere que: "Unemployment is forcing many young people, often eager for independence, to rely on their parents longer than they would have hoped. The lack of affordable and quality childcare is complicating efforts by parents in dual-earner families to combine their work and home obligations. Inadequate pensions and care for older persons demands more attention as we succeed in our goal of extending lives."
    A comemoração desta data nas escolas poderá ser muito útil na perpectiva de levar crianças e jovens a pensarem na importância das suas famílias, a compreenderem e respeitarem as disparidade de agregados familiares existentes, a estreitarem laços intergeracionais, a perpectivarem o papel fulcral da família na actual conjuntura sócio-económica e a criarem modelos de família que, caso pretendam, constituirão futuramente.


     *Nota: O vídeo apenas retrata o modelo de família heterossexual e biparental. Há muitos outros!
    

  7. Números da IVG em 2012

    terça-feira, 14 de maio de 2013

    Voltarei, brevemente, a este assunto. Contudo, há duas notas positivas a referir:
    1) Contrariamente ao que se vem fazendo crer na opinião pública, os número da IVG estão numa rota de descida;
    2) O número de interrupções voluntárias da gravidez diminuiu nas jovens.

  8. Kit Corpo das Palavras

    sexta-feira, 10 de maio de 2013

    DESCRIÇÃO DO KIT

    Objectivos
    » Seleccionar e reunir, num só recurso, material bibliográfico diversificado de apoio à promoção da literacia em saúde sexual e reprodutiva;
    » Promover a educação sexual através da leitura;
    » Melhorar e alargar o apoio prestado aos educadores e professores contribuindo para a sua formação em educação sexual;
    » Estimular o interesse pelo desenvolvimento de acções de educação sexual nas escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico;
    » Criar oportunidades de reflexão e partilha sobre os temas básicos e de introdução à saúde sexual e reprodutiva;
    » Reforçar e dinamizar a cooperação entre o Centro de Recursos em Conhecimento da APF e os agentes educativos.

    Destinatários
    » Professores do 1º Ciclo do Ensino Básico e outros técnicos que pretendam desenvolver actividades no âmbito da educação sexual e saúde reprodutiva com este grupo etário;
    » Investigadores na área do desenvolvimento e educação sexual para a infância.

    Conteúdo
    » Um conjunto de documentos de apoio técnico-pedagógico e de referência que podem ser utilizados autonomamente e/ou como apoio à leitura das histórias;
    » Um grupo de livros do tipo narrativo e ficcional, organizado em três grandes temas, Relações e Afectos; Gravidez e Reprodução e Corpo e Sexualidade para os quais foram feitas fichas de leitura de apoio à exploração de conteúdo;
    » Ficha de avaliação das actividades;
    » Sugestões de outros livros pertinentes para ler e explorar em contexto de aula;
    » Bibliografia técnica;
    » Definição de saúde sexual e reprodutiva da Organização Mundial de Saúde.


    Disponível aqui

  9. Objectivos da educação sexual na escola

    segunda-feira, 6 de maio de 2013

    O grande objectivo da educação sexual é contribuir para uma vivência mais informada, mais gratificante, mais autónoma e mais responsável da sexualidade.

    No domínio dos conhecimentos, a educação sexual pode contribuir para um maior e melhor conhecimento dos factos e componentes que integram a vivência da sexualidade, nomeadamente:

    » As várias dimensões da sexualidade;
    » A diversidade dos comportamentos sexuais ao longo da vida e das características individuais;
    » Os mecanismos da resposta sexual, da reprodução, da contracepção e da prática de sexo seguro;
    » As ideias e valores com que as diversas sociedades foram encarando a sexualidade, o amor, a reprodução e as relações entre os sexos ao longo da história e nas diferentes culturas;
    » Os problemas de saúde - e as formas de prevenção - ligados à expressão da sexualidade, em particular as gravidezes não desejadas, as infecções de transmissão sexual, os abusos e a violência sexuais;
    » Os direitos, a legislação, os apoios e recursos disponíveis na prevenção, acompanhamento e tratamento destes problemas.

    No domínio das atitudes, a educação sexual pode contribuir para:
    » Uma aceitação positiva e confortável do corpo sexuado, do prazer e da afectividade;
    » Uma atitude não sexista;
    » Uma atitude não discriminatória face às diferentes expressões e orientações sexuais;
    » Uma atitude preventiva face à doença e promotora do bem-estar e da saúde.

    No domínio das competências individuais:
    » Desenvolvimento de competências para tomar decisões responsáveis;
    » Desenvolvimento de competências para recusar comportamentos não desejados ou que violem a dignidade e os direitos pessoais;
    » Desenvolvimento de competências de comunicação;
    » Aquisição e utilização de um vocabulário adequado;
    » Utilização, quando necessário, de meios seguros e eficazes de contracepção e de prevenção do contágio de infecções de transmissão sexual;
    » Desenvolvimento de competências para pedir ajuda e saber recorrer a apoios, se necessário.

    Fontes: Portal da Saúde e APF

  10. Os valores essenciais que, em termos de política educativa e intervenção profissional, devem orientar a educação sexual nas escolas são os seguintes:
    > O reconhecimento de que a autonomia, a liberdade de escolha e informação adequada são aspectos essenciais para a estruturação de atitudes e comportamentos responsáveis no relacionamento sexual;
    > O reconhecimento de que a sexualidade é uma fonte potencial de vida, de prazer e de comunicação e uma componente da realização pessoal e das relações interpessoais;
    > O reconhecimento da importância da comunicação e do envolvimento afectivo e amoroso na vivência da sexualidade;
    > O respeito pelo direito à diferença e pela pessoa do outro, nomeadamente os seus valores, a sua orientação sexual e as suas características físicas;
    > A promoção da igualdade de direitos e oportunidades entre homens e mulheres;
    > A promoção da saúde dos indivíduos e dos casais, nas esferas sexual e reprodutiva;
    > O reconhecimento do direito à maternidade e à paternidade livres, conscientes e responsáveis;
    > O reconhecimento das diferentes expressões da sexualidade ao longo do ciclo da vida;
    > A recusa de expressões de sexualidade que envolvam violência ou coacção, ou relações pessoais de dominação e de exploração.

    Fontes: Portal da Saúde e APF