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  1. quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

    Desejamos a todos um Natal com carinho, amor, compreensão, solidariedade e paz.
    Que 2014 seja um ano de muita saúde, amor e paz mas sobretudo que traga lucidez, boa vontade e abertura de mentes.


  2. Correcção de uma inverdade

    quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

    Recentemente, li no sítio de uma associação que luta contra a implementação da Educação Sexual na Escola que a legislação tinha mudado e que portanto as escolas já não podiam "impor" a Educação Sexual aos alunos(as), sem consentimento dos pais/encarregados de educação.
    Estamos perante uma inverdade, senão vejamos:
    1.  A legislação referida é o Decreto-Lei n.º 139/2012 - organização curricular do ensino básico e do ensino secundário, que em nenhum ponto fala da Educação para a Saúde. Este decreto veio extinguir as áreas curriculares não disciplinares, ou o que sobrava delas, mas criou uma área denominada Oferta Complementar que, efectivamente, depende da autorização dos Encarregados de Educação.
    2.  A legislação que regulamenta a educação sexual  na escola (Lei nº 60/2009 e   Portaria n.º 196-A/2010 ) não foi modificada nem revogada.
    3. A leitura atenta, objectiva e isenta da legislação da educação sexual e da literatura da área permitem-nos concluir que a educação sexual deve assumir um carácter inter/transdisciplinar, apesar de se sugerir a utilização das áreas curriculares não disciplinares.
    4. A legislação em vigor refere que deve ser cumprido um número mínimo de sessões anuais.
    5. O enquadramento legal da educação sexual apenas refere que os pais devem ter conhecimento das actividades a serem realizadas no âmbito do projeto de educação sexual.

    Conclusão: O cruzamento dos seis pontos anteriores não permite aos pais/encarregados de educação, nem à escola, recusar a implementação da educação sexual.
    Em última análise, os pais/encarregados de educação só proibindo os filhos(as) de irem à Escola se podem assegurar que estes só têm educação sexual em casa. Mas esta é outra conversa e outra luta!

  3. A ser verdade é um PÉSSIMO exemplo!

    quarta-feira, 4 de dezembro de 2013



    Escolas excluem alunos com vírus da sida (TVI 24)

  4. A Adolescência e tu

    quinta-feira, 28 de novembro de 2013

    A adolescência e tu é um programa educativo da Ausonia, Evax e Tampax. Dirige-se aos alunos e alunas do 9º ano, embora possa ser utilizidado noutras faixas etárias, com as devidas adaptações.
    Encontra-se dividido em quatro grupos de sessões: "Como me vejo? Experimentar mudanças"; "Como me vêem os outros? Aceitar-se e ser aceite"; "O meu corpo e o dos outros. Falar e viver as alterações"; "Como me sinto? Conduzir as emoções".
    Também existem os materiais do professor.
    É tudo gratuito e encontra-se disponível aqui.

  5. Hoje, 25 de Novembro, anota-se o Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres.  Neste sentido, a  APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima) realiza as I Jornadas Contra a Violência Doméstica, na Escola de Direito da Universidade do Minho, em Braga.
    Paralelamente, esta associação promoveu uma campanha na qual foram colocados 40 sacos com manequins de plástico na Rua Augusta, em Lisboa. Cada um dos sacos vai ser simbolicamente identificado com a causa de morte e indicação do agressor, de forma a não deixar nenhum transeunte indiferente a esta realidade.
    "Violência: esconder nunca ajuda. O que ajuda é pedir ajuda" é a mensagem da APAV no Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres.


    As Nações Unidas têm a correr desde o ano passado o 'Orange Day', iniciativa onde convidam tod@s a usar uma peça de roupa cor de laranja no dia 25 de todos os meses. A ONU lança o repto para que cada mês seja dedicado a um tema específico dentro da violência contra mulheres. Podem saber tudo aqui.





     

     
    "Break the silence. When you witness violence against women and girls, do not sit back. Act."Ban Ki-moon, U.N. Secretary - General

  6. Opinião de Mónica Ferro no Público de hoje (aqui)

    Por todo o mundo uma em cada três mulheres será sujeita a uma das várias formas de violência. Uma em cada três raparigas casará antes dos 18 anos e 12% delas casar-se-ão antes de completarem 15 anos. 125 milhões de mulheres terão sido sujeitas a mutilação genital feminina.
    Todos os dias 20.000 raparigas, com menos de 18 anos, dão à luz no mundo em desenvolvimento e 603 milhões de mulheres vivem em países onde a violência doméstica não é crime. Entre 250.000 e 500.000 mulheres e raparigas foram violadas durante o genocídio no Ruanda em 1994. Sete em cada 10 mulheres no mundo relatam ter sofrido alguma forma de violência física e psíquica ao longo das suas vidas. As mulheres e raparigas contabilizam cerca de 80% das cerca de 800.000 pessoas que todos os anos são traficadas e 79% dessas mesmas mulheres serão traficadas para fins de exploração sexual. E podia ainda falar do assédio sexual, do assédio no lugar de trabalho, dos crimes de honra, dos crimes ligados ao dote, da seleção pré-natal do sexo, do femicídio. Em Portugal, dados não oficiais dão conta de três dezenas de mulheres assassinadas este ano.
    O dia de hoje, Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, chama a atenção para estas violências, e para todas as outras, as evidentes e as mais perversas: as ocultas, e apela à mobilização da comunidade internacional, dos governos e da sociedade civil para o combate a este flagelo, que a diretora da ONU Mulheres chama de pandemia.
    É um combate jurídico, feito através dos vários tratados internacionais que desde os anos 70 do século XX têm sido assinados e ratificados, e das leis nacionais que vão sendo adotadas e implementadas; é um combate através da educação, da alfabetização jurídica das mulheres para que estas saibam que são titulares de direitos e que os seus direitos são direitos humanos, da educação de homens e mulheres para a igualdade; é um combate cívico que pressupõe a eliminação de uma cultura patriarcal de dominação das mulheres pelos homens; é uma desocultação da realidade, um fim da invisibilidade das mulheres, uma ação em prol da dignidade de todas as pessoas.
    As mulheres sofrem várias formas de violência ao longo da sua vida, desde o berço até à morte. Violências diferentes, todas igualmente graves, que têm custos desde a grosseira violação dos seus direitos humanos até às perdas de produtividade e de eficiência das sociedades, até aos custos efetivos com o tratamento das vítimas e o julgamento dos perpetradores.
    Hoje gostava de me dedicar a uma destas violências, talvez por ser das mais escondidas: a maternidade na infância, a gravidez adolescente.
    O relatório deste ano sobre a Situação da População Mundial, do Fundo das Nações Unidas para a População, intitulado “Maternidade na Infância: responder aos desafios na gravidez adolescente,” traça-nos um cenário de profunda violência e violação de direitos. Todos os dias 20.000 raparigas dão à luz nos países em desenvolvimento, e por ano cerca de 70.000 adolescentes morrem de causas relacionadas com a gravidez e o parto.
    São raparigas que veem violado o seu direito à educação, à saúde e à autonomia. São raparigas que por não irem à escola – algumas são expulsas quando engravidam – têm poucas hipóteses de ter um emprego remunerado, menos voz nas suas famílias e comunidades, menos voz na tomada das decisões que afetam as suas próprias vidas. Como não são escolarizadas, as hipóteses de terem participação no espaço público são reduzidas, logo a probabilidade dos seus desafios e necessidades concretas serem debatidos e tratados por políticas públicas é também reduzida. Está, assim, criado um ciclo vicioso de invisibilidade e perpetuação de uma violência que é estrutural, discriminatória, geradora de pobreza.
    As adolescentes que engravidam são tendencialmente de lares com fracos rendimentos e subnutridas. Para além destas, as raparigas oriundas de minorias étnicas ou grupos marginalizados, e as que não têm acesso a serviços e meios de saúde sexual e reprodutiva estão sujeitas a uma taxa de gravidez adolescente maior…
    E como todos os dias morrem 200 adolescentes, a gravidez precoce resulta vezes de mais na suprema violação dos direitos, na morte.
    Mas este é um diagnóstico que pode ser interrompido. O FNUAP propõe uma abordagem ecológica multinível, ou seja, recusa as terapias sectoriais.
    A maternidade na infância é resultado de uma combinação de fatores, incluindo a pobreza, a aceitação pelas famílias e comunidades do casamento precoce e esforços ineficazes para manter as raparigas na escola… só quando todas estas causas forem tratadas de forma holística, numa perspetiva transectorial, teremos a possibilidade de eliminar esta violência que condena milhões de raparigas à invisibilidade, perpetuando a sua discriminação e obstaculizando o seu empoderamento.
    A violência contra as mulheres é uma grave violação dos direitos humanos. A comunidade internacional e os governos não se podem demitir deste combate que permitirá resgatar a dignidade de milhões de seres humanos. É só disso que estamos a falar hoje, no dia internacional para a eliminação da violência contra as mulheres.

  7. Concordo plenamente! Mas...

    segunda-feira, 4 de novembro de 2013

    «Educação sexual nas escolas não está a funcionar»
    A deputada social-democrata Mónica Ferro, coordenadora do Grupo Parlamentar Português sobre População e Desenvolvimento, disse hoje à Lusa que são precisas novas políticas sobre maternidade na infância e gravidez na adolescência.
    Um relatório do Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP) divulgado hoje indica que «todos os dias, nos países desenvolvidos, 20 mil raparigas com menos de 18 anos de idade dão à luz» e a nível global registaram-se dois milhões gravidezes em jovens com menos de 15 anos.
    «Portugal é um país que tem uma média sobre o desempenho na gravidez adolescente que me preocupa embora estejamos melhor do que os países de língua oficial portuguesa o que nos dá responsabilidades acrescidas nesta matéria», disse Mónica Ferro à margem da apresentação e análise dos dados sobre a Maternidade na Infância do relatório do FNUAP.
    «Não estamos a saber lidar com a gravidez adolescente e em parte é porque a educação sexual nas escolas também não está a funcionar e é uma crítica que se pode fazer neste momento. A ausência da educação proativa para a sexualidade e para a saúde está a provocar um número de gravidezes adolescentes que não é compatível com o tipo de país que nós temos», acrescentou Mónica Ferro defendendo novas abordagens que passam pela proteção das jovens e adolescentes e envolvendo toda a sociedade.
    (...) retirado daqui


    Resta acrescentar que o partido da deputada em questão tem uma grande responsabilidade no não funcionamento da Educação Sexual nas escolas. Por exemplo, na área da Educação, foram extintas as áreas curriculares não disciplinares, retirados tempos aos professores para o Programa Escola e Saúde, esquecida a formação sobre educação sexual, ... ; na área da Saúde estrangulou-se a saúde escolar; na área da Segurança Social diminuiram-se os apoios ao mais desprotegidos, quando sabemos que há uma enorme relação entre a gravidez adolescente e a pertença a uma família socialmente desintegrada.  

  8. Ontem foi dado a conhecer o documento, emanado pela DGS, com as orientações sobre o Programa Nacional de Saúde Escolar, ano letivo 13/14. Encontra-se aqui.
    As orientações centram-se sobretudo em quatro pontos: saúde individual e coletiva, inclusão escolar, ambiente e saúde e literacia em saúde.
    Destaco, ainda, o ponto 4:
    "A intervenção da Saúde Escolar deve estar, ainda, orientada para:
    a) Articular programas, projetos, atividades e intervenções que promovam a saúde, a cidadania e os afetos;
    b) Intervir, de forma sustentável, ao longo de toda a infância e juventude, com projetos que começam no Jardim-de-Infância e se desenvolvem até ao final do Ensino Secundário;
    c) Articular as intervenções, sinergicamente, com instituições, organizações e associações da sociedade civil que acrescentem mais-valia ao trabalho da Saúde com a Escola;
    d) Dirigir a intervenção para toda a comunidade educativa, promovendo a equidade no acesso à informação e a resolução de problemas da competência do Sector da Saúde;
    e) Adotar recursos educativos digitais e metodologias ativas, visando a promoção de competências sociais e emocionais. "

    É um plano ambicioso, sobretudo se tivermos em conta os recursos humanos afetos à Saúde Escolar. Das escolas que conheço, o (muito) que se faz é, em grande parte, devido à persistência e boa vontade dos profissinais de saúde. E que falta que eles fazem nas escolas!

  9. Foi lançado este ano o documento "Standards for Sexuality Education in Europe. Guidance for Implementation". O documento é da autoria da Organização Mundial de Saúde, divisão Europa (OMS/Europe) em parceria com o Centro Federal de Educação para a Saúde (BZgA).
    Está disponível
    aqui.

    Recomendo a leitura deste documento a todos os que se interessam e/ou trabalham esta temática.


  10. O título do post pode parecer exagerado, mas não é. Reparem que em Espanha se volta atrás na lei do aborto, retrocedendo-se a 1985! Já no Paquistão não se retrocede, continua tudo na mesma - proíbe-se as mulheres, digo meninas, de irem à escola. Se forem, atira-se a matar!

    Hoje, véspera de se conhecer o Nobel da Paz, a jovem paquistanesa Malala Yousafzai venceu o Prémio Sakharov - distinção de direitos humanos do Parlamento Europeu.
    Fala-se com insistência no nome de Malala, jovem de 16 anos, para receber o galardão da academia sueca em prol da Paz, ao que a própria responde que não merece, pois apenas defendeu que ela e as outras meninas possam ir à escola.
    Malala começou a ser conhecida aos 11 anos quando começou a escrever um blogue para a BBC, no qual descrevia a vida sob domínio dos talibãs no Swat, vale no noroeste do Paquistão onde vivia.
    Entre outras regras primitivas e absurdas, pelo menos à luz do mundo civilizado do séc. XXI, é negado o direito das mulheres à educação. Malala ousou apanhar o autocarro para ir à escola e foi alvejada a tiro por talibãs, há um ano. O resto da história já conhecem dos telejornais.
    Faz correr mundo a sua declaração nas Nações Unidas, que de resto faz de slogan do livro inspirado na sua história:
    «Uma criança, um professor, uma caneta e um livro podem mudar o mundo».


    Em Espanha algumas mulheres da organização Femen manifestaram-se, em tronco nu, nas galerias do Congresso de Deputados, contestando a proposta de reforma da lei do aborto e interrompendo, por momentos, a sessão de controlo ao Governo. Gritavam: "o aborto é sagrado". O ministro da justiça disse, entre outras coisas, apenas pretender defender os direitos das mulheres!
    Na reforma que o PP, partido no poder, pretende levar a cabo apenas será possível interromper a gravidez em três casos: violação (nas primeiras 12 semanas), dano para a vida ou saúde física ou psíquica da mãe e más formações físicas ou psíquicas do feto (nas primeiras 22 semanas), ou seja retroceder a 1985!

  11. Retratos da Real Beleza

    sábado, 5 de outubro de 2013

    Esta campanha da Dove, entre vários aspetos interessantes, foi idealizada por um português. Ela remete-nos para conceitos que devem ser trabalhado em educação sexual: o auto-conceito e a auto-imagem. No caso, é a auto-imagem das mulheres que é colocada em causa. Os resultados são interessantes e fazem-nos reflectir (e emocionar), pois mostram que tendemos (no vídeo são as mulheres) a ter uma imagem negativa da nós próprios.
     
    Aproveitem o vídeo da melhor maneira. Se, após visualização, for devidamente analisado e discutido dará uma excelente sessão de educação sexual.
     


  12. Dislike Bullying Homofóbico

    terça-feira, 1 de outubro de 2013

    Apenas hoje descobri este site. Está muito bom: sintético, apelativo e dirige-se as vários actores. 
    É um excelente recurso que, infelizmente, não chegará a todos os destinatários que deveria chegar, nomeadamente às escolas onde, segundo números da rede ex-aequo (aqui), 42% dos(das) jovens gays, lésbicas ou bissexuais afirmam ter sido vítima de bullying homofóbico, sendo que apenas 15% dos agressores foram repreendidos.
     
     
    Este é o vídeo da campanha:


  13. Dia Mundial da Contracepção 2013

    quinta-feira, 26 de setembro de 2013

    Hoje, 26 de setembro, assinala-se o Dia Mundial da Contracepção. Para assinalar a data a Sociedade Portuguesa da Contracepção e a APF (Associação para o Planeamento da Família) elaboraram, e divulgaram, o documento "Evidenciando factos...Denunciando problemas", focado nas questões centrais em torno da contracepção nos tempos actuais.
    O documento está disponível aqui.

    A APF também disponibilizou um vídeo alusivo ao dia.



  14. 14as Jornadas Nacionais da APF

    quarta-feira, 18 de setembro de 2013

    As 14as Jornadas Nacionais da APF vão realizar-se em Coimbra no dia 25 de Outubro de 2013.
    Destaco as Conferências "Contraceção e Gravidez Não Desejada" e "Jovens e Saúde Sexual e Reprodutiva - (Des)Continuidades" e os workshops que se realização no final do dia (17:00-18:30).


    Programa e ficha de inscrição aqui.

  15. O que é o amor?

    segunda-feira, 16 de setembro de 2013

    Para si, adulto, o que é o amor? Veja no vídeo, super interessante, como é no 'mundo' das crianças?
    


    Surpreendido(a)?! Experimente fazer algo do género com os seus alunos(as) e/ou filhos(as).

  16. Como é possível tal acontecer em pleno século XXI?

    quinta-feira, 12 de setembro de 2013

    Menina de oito anos morre na noite de núpcias
    Uma rapariga de oito anos, casada com um homem de 40, morreu, no passado sábado, no Iémen, depois de ter sofrido lesões sexuais graves durante a noite de núpcias.

    A pequena Rawan foi agredida sexualmente pelo marido, durante a noite depois do casamento. A rutura dos orgãos genitais e do útero motivaram a morte da criança.
    (...)
    De acordo com o jornal "Albawaba", no Iémen, cerca de uma em cada quatro meninas são obrigadas a casar-se antes dos 15 anos. Muitas famílias pobres do país forçam o matrimónio das filhas para cobrir os custos que têm durante a sua infância e para conseguirem algum dinheiro.
    O caso não é inédito. Em 2010, uma menina de 13 anos morreu com uma hemorrogia uterina depois de um casamento forçado. Já em julho deste ano, uma menina de 11 anos fugiu de casa para evitar que a família a obrigasse a casar.
    (...)
    Notícia completa aqui   ||  Fonte: Jornal de Notícias

  17. Projeto "Tod@s somos precis@s"

    domingo, 8 de setembro de 2013

     
    O projeto “Tod@s somos precis@s” foi coordenado pelo Instituto Dinamarquês para os Direitos Humanos em cooperação com nove países e financiado pela Comissão Europeia. Os materiais deste projeto destinam-se a professores(as) e alunos(nas), tendo já sido testados em duas escolas portuguesas. O objectivo do projeto é educar contra a discriminação em função da orientação sexual e da identidade de género, numa perspetiva de respeito pelos direitos humanos.

     
    O materiais, que recomendo pela utilidade e qualidade, estão disponíveis aqui.

  18. Dia Mundial da Saúde Sexual

    quarta-feira, 4 de setembro de 2013

    Promovido pela Associação Mundial para a Saúde Sexual (World Association for Sexual Health - WAS) desde 2010, o Dia Mundial da Saúde Sexual assinala-se hoje."Para conseguir ter saúde sexual imagine-se a defender os seus direitos sexuais" é o tema da campanha deste ano. O objetivo é recordar às pessoas a importância fundamental dos direitos sexuais para uma vivência saudável da sexualidade. Toda a informação sobre este dia pode ser consultada aqui (em inglês)

    Em Portugal a Direção-Geral da Saúde aproveita este dia para alertar a sociedade que é preciso afastar o lado obscuro de que a sexualidade são infeções ou disfunções sexuais. A sexualidade é um direito de todos, mesmo dos mais doentes.
    “As pessoas têm direito a viver a sexualidade mesmo que sejam doentes, mesmo que já não estejam em idade fértil. Pessoas mais velhas, idosos, têm direito a viver a sua sexualidade”, referiu à Antena1 Lisa Ferreira Vicente, responsável do Departamento da Saúde Sexual e Reprodutiva da Direção-Geral da Saúde.
    Lisa Ferreira Vicente acrescenta que “as pessoas com outras orientações sexuais que não a heterossexual têm direito a viver a sua sexualidade”.
    A médica considera que todos devem fazer ainda mais neste sentido, desde a própria pessoa até aos profissionais de saúde. À sociedade compete respeitar a sexualidade das pessoas e não discriminar.
    “Uma pessoa a quem é diagnosticado um cancro é [importante] desde o princípio, e ao mesmo tempo que se fazem tratamentos tão importantes e tão decisivos quanto uma quimioterapia, uma radioterapia ou uma grande cirurgia, que sejam abordadas as questões da sexualidade. Numa pessoa, mesmo com uma doença grave, a sexualidade pode ser aquilo que a liga à vida”, frisa a responsável.
    Fonte: RTP

  19. Direitos sexuais

    quarta-feira, 28 de agosto de 2013

    A Associação Mundial para a Saúde Sexual estabeleceu, em 26 de Agosto de 1999, aquando do 14º Congresso Mundial de Sexologia, em Hong Kong, um guia com os direitos sexuais. São 11 e podem ser consultados aqui.
    Apresento, seguidamente, a versão reduzida e em inglês. Desafio um dos nossos leitores(as) a traduzir o documento para português para disponibilizar aqui no blogue.

    1. The right to sexual freedom.
    2. The right to sexual autonomy, sexual integrity, and safety of the sexual body. 
    3. The right to sexual privacy.
    4. The right to sexual equity.
    5. The right to sexual pleasure.
    6. The right to emotional sexual expression.
    7. The right to sexually associate freely.
    8. The right to make free and responsible reproductive choices. 
    9. The right to sexual information based upon scientific inquiry. 
    10. The right to comprehensive sexuality education.
    11. The right to sexual health care.

  20. O romance "As Cinquenta Sombras de Grey" que, promovido como uma novela erótica, se tornou um "best-seller" mundial, perpetua o problema da violência contra as mulheres, indica um estudo publicado a 11 de Agosto na revista Journal of Women's Health. (Artigo e pdf aqui)

    A professora Ana Bonomi, associada da Universidade estatal de Ohio, nos Estados Unidos, e as suas colaboradoras na investigação chegaram à conclusão de que o abuso emocional e sexual domina o romance, causando danos à principal personagem feminina, Anastasia.
    "A violência por parte do parceiro afeta 25 por cento das mulheres com prejuízo para a sua saúde", refere o estudo, que considera que "as condições sociais atuais - incluindo a normalização do abuso na cultura popular através de romances, filmes e canções - criam o contexto que sustenta tal violência", segundo a agência noticiosa espanhola EFE.
    A trilogia de E.L. James descreve como "romântica" e "erótica" a relação do multimilionário Christian Grey, de 28 anos, e da estudante universitária Anastasia Steele, de 22.
    As investigadoras leram o romance e escreveram resumos dos capítulos para identificar os temas principais, tendo utilizado no estudo a definição de violência por parte do parceiro íntimo usada nos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos.
    Esta definição inclui o abuso emocional através de intimidação e ameaças, o isolamento, a vigilância e a humilhação.
    No romance, Anastasia tem as reações comuns das mulheres maltratadas. Sente uma ameaça constante e uma perda de identidade, muda o seu comportamento para manter a paz na relação, adianta o estudo.
    "Este livro perpetua normas de abuso perigoso e, no entanto, é apresentado como uma novela romântica e erótica para as mulheres", disse Bonomi, defendendo que "o conteúdo erótico podia ter sido conseguido sem o tema do abuso".
    Lançado em 2011 (2012 em Portugal), o romance "As Cinquenta Sombras de Grey" já vendeu mais de 70 milhões de exemplares e está a ser transformado em filme.
    FONTE: Diário de Notícias (aqui)

    Pode ler-se no abstract:
    Results: Emotional abuse is present in nearly every interaction, including: stalking (Christian deliberately follows Anastasia and appears in unusual places, uses a phone and computer to track Anastasia's whereabouts, and delivers expensive gifts); intimidation (Christian uses intimidating verbal and nonverbal behaviors, such as routinely commanding Anastasia to eat and threatening to punish her); and isolation (Christian limits Anastasia's social contact). Sexual violence is pervasive—including using alcohol to compromise Anastasia's consent, as well as intimidation (Christian initiates sexual encounters when genuinely angry, dismisses Anastasia's requests for boundaries, and threatens her). Anastasia experiences reactions typical of abused women, including: constant perceived threat (“my stomach churns from his threats”); altered identity (describes herself as a “pale, haunted ghost”); and stressful managing (engages in behaviors to “keep the peace,” such as withholding information about her social whereabouts to avoid Christian's anger). Anastasia becomes disempowered and entrapped in the relationship as her behaviors become mechanized in response to Christian's abuse.

  21. 1º Aniversário

    sábado, 10 de agosto de 2013

    Há precisamente um ano atrás nascia este humilde espaço de partilha de materiais, informações e ideias sobre educação sexual. Curiosamente, encontro-me a escrever este post no mesmo local onde criei o blogue!
    Confesso que a minha ideia inicial era apenas divulgar o manual "Educação Sexual na Escola, 2º ciclo: Manual para Professores e Educadores". No entanto, rapidamente percebi que não podia, e não ia, ficar por aí. Hoje, tenho algum orgulho nesta minha criação, embora por vezes não seja fácil alimentar o blogue. Apesar de tudo, consegui ter uma publicação nova a cada 5 dias, em média.
    Próximos passos: abrir este blogue a colaboradores que trabalhem e/ou investiguem a temática da educação sexual; e incrementar a sua divulgação. Fica o convite!
    Já agora aproveito para desejar boas férias a todos os leitores. Até Setembro.


  22. A APF está a editar, exclusivamente em formato digital, uma "publicação periódica de carácter científico que reúne temas sobre Saúde Sexual e Reprodutiva e Sexualidade". Existem por lá vários artigos interessantes sobre educação sexual. Já vai no seu segundo número. Está disponível aqui.

  23. Papa Francisco contra a marginalização dos homossexuais
    “Se uma pessoa que procura Deus de boa vontade, e é gay, quem sou eu para a julgar?” 

  24. Testemunho: "Viver com VIH e hepatite C"

    terça-feira, 23 de julho de 2013

    "Um relato impressionante de luta contra a SIDA" - assim começa um longo artigo onde uma mulher conta a sua história de vida. É um testemhunho impressionante mas que, devidamente enquadrado e analisado, resultará muito bem numa sessão de educação sexual.
    Está disponível aqui.

  25. Katie Hill, 19 anos, nasceu menino com o nome Luke. Atualmente, namora Arin Andrews, 17 anos, que nasceu como Emerald, uma menina que ganhou concursos de beleza e fazia ballet, mas que secretamente queria pilotar motos, fazer triatlo e escalada. Ambos tiveram infâncias difíceis, pois foram alvo de brincadeiras maldosas na escola e de um enorme conflito interno, pois não se reconheciam quando se viam ao espelho. Arin diz que não entendia porque tinha que ficar na fila das meninas quando os professores os separavam para algumas atividades. “Foi uma tortura todos os dias” - diz Arin.
     

     
    Está em inglês, mas é um documento extremamente importante para debater a questão da identidade de género, do transgenerismo e da transexualidade.
     
    Já agora, os menos informados podem dar uma vista de olhos nesta página da Rede Ex Aequo.

    Transgénero é um individuo que possui uma identidade de género diferente do género de nascimento. Transexuais são indivíduos que possuem uma identidade de género diferente do género do nascimento, à semelhança dos trangéneros. Ainda assim destacam-se pelo desejo de viver e ser aceito como sendo do sexo oposto. A OMS trata a transexualidade como um transtorno de identidade de género e só quando o médico detecta o transtorno, a cirurgia de mudança de sexo é possível acontecer. (fonte)

  26. Representações de género na publicidade

    terça-feira, 16 de julho de 2013


     
    Três estudantes universitários canadianos criaram este vídeo onde abordam os papéis e esteriótipos de género e a forma como eles são usados na publicidade. Segundo os próprios: "we wanted to show how ridiculous media portrays gender roles and stereotypes in advertising through presenting gender roll reversals." O vídeo é super interessante para ser usado numa sessão de educação sexual, especialmente com alunos(as) acima dos 12 anos, embora os mais novos também o posso ver e analisar às sua maneira.

  27. Dicas para falar com filhos(as) sobre sexualidade

    quinta-feira, 11 de julho de 2013

    Algumas questões com que sou amiúde confrontado: Como posso falar com o meu(minha) filho(a) sobre sexualidade? Em que contexto? Por onde começar? O que dizer? Que assuntos posso tratar? E se não souber responder?
    Um dos meus próximos projetos irá passar por aqui (em princípio!), contudo partilho um pequeno apontamento do SIECUS sobre esta temática:
                 + em inglês (aqui)      + em espanhol (aqui)

    ...e também uma pequena publicação, em inglês, sobre o assunto.


  28. No relatório (aqui) apresentado pela Ordem dos Psicólogos ao Grupo de Trabalho Co-Adopção, pode ler-se:
    "As evidências científicas sugerem então que decisões importantes sobre a vida de crianças e adolescentes (como a determinação da co-adopção) sejam tomadas não com base na orientação sexual dos pais, mas na qualidade das suas relações com os pais.
    Conclui-se que os resultados das investigações psicológicas apoiam a possibilidade de co-adopção por parte de casais homossexuais, uma vez que não encontram diferenças relativamente ao impacto da orientação sexual no desenvolvimento da criança e nas competências parentais."
    (p. 31)

  29. Participação na Prova Oral

    sexta-feira, 5 de julho de 2013

    Amanhã vou estar à conversa com o Fernando Alvim e a Xana Alves. O mote é a Educação Sexual na Escola, mas de certeza que iremos aflorar outros temas. Acontece, entre as 19 e as 20h, na Prova Oral da Antena 3. Fiquem à escuta.
    Depois colocarei aqui o podcast. (o podcast está aqui)
    Actualização: Devido a um imprevisto, a minha participação na prova oral não vai acontecer amanhã, mas em data que brevemente anunciarei.

    Actualização 2: Participei ontem, 4 Julho, na Prova Oral. O programa, ao estilo de conversa de café, com as mudanças de assunto e piadas típicas do Alvim, correu bem, pena o tempo ter sido pouco e o meu microfone não ser dos melhores! Ficou muito por dizer sobre Educação Sexual. 

  30. Pequeno questionário para Pais/Mães

    segunda-feira, 1 de julho de 2013



  31. Falta de assertividade ou passividade desinformada?!

    sexta-feira, 28 de junho de 2013

    Correio da Manhã, 28 de Junho de 2013

  32. Música

    segunda-feira, 24 de junho de 2013

    Quantos estereótipos conseguem encontar neste vídeo? E na letra da música?
    Façam o exercício com os vosso alunos(as), filhos(as), ...
     


  33. O números são referentes ao ano de 2012 e foram divulgados no início de Maio.
    A notícia é do jornal i e pode ser lida aqui.



  34. Segundo a imprensa local, a mulher (...) terá ficado grávida num encontro de uma noite. O pai não assumiu as suas responsabilidades e, sem dinheiro para abortar, ela optou por esconder a gravidez (...)
    A criança nasceu no sábado à tarde, na casa de banho partilhada de um prédio. A mulher garantiu ainda que tentou apanhar o bebé, mas que ele escorregou pelo cano. (...)
    Os casos de gravidezes fora do casamento têm estado a aumentar na China, em parte devido à falta de educação sexual. Uma socióloga citada pela Associated Press, Li Yinhe, disse que mais de 70% dos jovens adultos chineses têm relações sexuais antes do casamento mas, nas escolas, os professores recusam dar aulas de educação sexual e de falar sobre contracepção, por não quererem ser acusados de incentivar esta prática.
    Fonte: Público

  35. É mesmo uma Guerra Civil!

    terça-feira, 18 de junho de 2013

    Excelente crónica de Ferreira Fernandes no Diário de Notícias de hoje.

  36. "Precious" (2009)

    sexta-feira, 14 de junho de 2013

    Hoje, concentramo-nos num excelente filme - Precious.
    Originalmente denominado "Precious: Based on the Novel 'Push' by Sapphire" ganhou notoriedade ao ser agraciado com vários prémios nos festivais de Sundance e de Cannes, entre outros. Como o título original sugere baseia-se no romance 'Push' de Sapphire, pseudónimo da escritora norte-americana Ramona Lofton. Conta no elenco com Mariah Carey e Lenny Kravitz.
    Em 2010 foi nomeado para seis Óscares, tendo vencido dois - melhor actriz secundária (Mo'Nique, a mãe de Precious) e melhor guião adaptado.
    A história, como podem ver no trailer, gira em torno de uma rapariga chamada Clarice "Precious" Jones. Precious, de 16 anos, é obesa, não sabe ler e escrever e está grávida do 2º filho. Originária de uma família disfuncional, vive no gueto de Nova Iorque com a sua manipuladora e violenta mãe.
    Precious procura vencer a iliteracia com ajuda de uma motivadora professora, mas sobretudo vencer a teia negativa e decadente em que está presa.
    O filme é duro, mas muito bom.


    O filme é bom e didático porque coloca os adolescentes em contacto com várias realidades que (felizmente) para a maioria são apenas ficção. No entanto, defendo que este material audiovisual, como outros, por si só, deixam muito por explorar. Necessitam, em primeiro lugar, de um enquadramento claro, específico e ajustado. Posteriormente, tem de ser devidamente explorado. Nesta análise sugiro que as temáticas sejam abordadas de forma encadeada, uma vez que, tal como no filme, elas surgem inúmeras vezes associadas.

    >> Análise e sugestão de guião de exploração do filme (aqui).
    >> 
    Artigo "Corpo, violência sexual, vulnerabilidade e educação libertadora no filme “Preciosa: uma história de esperança" (Godoi & Neves, 2011) (aqui)

  37. Aquela Pequena Vírgula É O Meu Filho

    domingo, 9 de junho de 2013

    Foi lançado, em finais de Maio, o livro 'Aquela Pequena Vírgula É O Meu Filho. A Experiência da Gravidez na Adolescência' da autoria de Dina Carvalho, investigadora da Universidade do Minho.
    O livro resulta da tese de doutoramento da autora, sendo que para tal visitou 11 hospitais, debruçou-se sobre 70 histórias de vida, incluindo entrevistas às jovens e depoimentos dos respetivos namorados e mães.
    A autora, à margem da apresentação pública do livro, disse que "estas meninas engravidaram 'quase sem querer', sobretudo porque precisavam de alguém que lhes desse amor, atenção, companhia, segurança".
    Acrescenta ainda que "é a entrada precoce no mundo dos adultos, que projeta estas mães e pais para novas descobertas, desafios, responsabilidades e contextos de interação e atuação que não são característicos da sua faixa etária".
    Dina Cravalho refere que este estudo considera "fundamental o envolvimento sistemático do pai do bebé nos desafios da parentalidade" enquanto dinamizador da adaptação da adolescente à gravidez.

  38. Preocupante

    quinta-feira, 6 de junho de 2013

    Notícias preocupantes que, hoje, fazem capa no Diário de Notícias.Em primeiro lugar é necessário não descurar o apoio às crianças vítimas destes horríveis abusos.
    Em segundo, devem ser punidos os agressores, no entanto, é necessário ter em atenção que os agressores jovens, muito jovens, também necessitam de acompanhamento especializado. Não basta castigar por castigar!
    Em terceiro lugar é urgente perceber a razão por que os abusos triplicaram nas escolas. Será porque há mais denúncias? Será pelo contexto sócio-económico? Será porque a Educação Sexual está a ser posta para segundo plano? Inclino-me para esta última!
    Em quarto, os números do abuso sexual sobre crianças em Portugal são altos. É necessário e urgente fazer algo. 


    A nível europeu estima-se que uma em cada cinco crianças são vítimas de abusos, sendo que 75 a 85% são perpetrados por alguém de confiança. Neste propósito, o Concelho da Europa criou a campanha 'One in Five' onde encontramos imenso materiais e estudos que podem ser um excelente recurso para os profissionais, pais e todos que, direta ou indiretamente, trabalham com crianças e jovens.
    Em breve voltarei a este tema e apresentarei materiais específicos para professores e educadores poderem trabalhar este tema.

  39. Dia Mundial da Criança

    sábado, 1 de junho de 2013

    Hoje comemora-se o dia Mundial da Criança. Para além de celebrar, importa avaliar se os direitos consagrados na Declaração Universal dos Direitos da Criança estão a ser assegurados.
    Neste dia de celebração é muito importante dar a conhecer às crianças os seus direitos.

    Aqui estão eles em versão para crianças. E aqui em versão para adultos.
     

    * Não deixa de ser curioso que apenas os Estados Unidos da América e a Somália não tenham, até ao momento, ratificado a Declaração Universal dos Direitos da Criança. Portugal ratificou em 21 de Setembro de 1990.

  40. A Educação Sexual Lá em Casa

    quinta-feira, 30 de maio de 2013

    Muitos pais/mães têm dúvidas sobre como e quando abordar "aquele" assunto com os seus filhos(as). O conselho que dou é: sejam sinceros e respondam sempre, pois se não o fizerem eles vão procurar a informação noutro local - colegas e internet - onde, na maior parte das vezes, encontram informação deturpada e recheada de mitos e estereótipos.
    Convém lembrar que o silêncio também é uma forma de fazer educação sexual, mas seguramente que não é a forma mais recomendável!


    A APF tem uma publicação que ajuda os pais com mais dificuldades a abordarem este assunto:
    "Pontos nos is - A Educação Sexual Lá em Casa"

  41. "Até agora todos os homens que tivessem tido relações homossexuais após 1977 estavam automaticamente proibidos de dar sangue no Canadá. O país decidiu agora alterar a lei de 1983 e permitir as doações por parte dos homossexuais, mas com uma excepção que está a gerar polémica: os dadores devem ter cumprido um período de celibato de pelo menos cinco anos. (...)
    O efeito perverso das restrições
    Aliás, investigadores de vários países têm vindo a argumentar que estas restrições estão desactualizadas, tendo em conta os desenvolvimentos tecnológicos do teste para o VIH e que, além disso, há vários grupos com riscos e aos quais não são impostas restrições. O Reino Unido também só aboliu esta restrição em 2011, mas ela ainda vigora, por exemplo, nos Estados Unidos. Além disso, há estudos que mostram que a proibição de os homossexuais doarem sangue pode ter o efeito perverso de estes mentirem sobre as suas práticas sexuais.
    (...)
    Alguma discriminação em Portugal
    Em Portugal, apesar de a lei não excluir os homossexuais, têm vindo a público algumas denúncias de discriminação na hora de dar sangue. Por exemplo, no ano passado o Bloco de Esquerda comunicou um caso concreto ao Ministério da Saúde e o partido garantiu que muitos homossexuais continuam a ser impedidos de doar sangue." [retirado daqui]

    Fonte: Público

  42. A Crise e os Jovens

    sexta-feira, 24 de maio de 2013

    Por estes dias, vai acontecendo muita coisa interessante e digna de relevo no que concerne aos cuidados que devemos dispensar às crianças e jovens. 
    Na saúde, decorre o Congresso em que me encontro a participar; em termos de Segurança, e políticas associadas, aconteceu hoje a VII Conferência "Crianças Desaparecidas e Exploradas Sexualmente" promovida pelo Instituto de Apoio à Criança (IAC), que contou com a presença, entre outras individualidades, da Rainha Sofia de Espanha.

    À boleia desta Conferência, o DN diz: "Crise pode levar jovens a mendigar e a prostituirem-se"
    «...a coordenadora do Projeto Rua do IAC, Matilde Sirgado, revelou que as equipas têm detetado, desde 2012, um "maior movimento" de jovens na rua, adolescentes entre os 14 e os 16 anos que "não estão propriamente a dormir na rua, mas que utilizam ou são explorados na rua, estão em risco, alguns em perigo mesmo".
    Segundo Matilde Sirgado, podem estar a "praticar a mendicidade, a prostituição e o tráfico de estupefacientes".
    Jovens, apontou, com "vínculos" familiares "frágeis" ou que fugiram de instituições de acolhimento, ou em que "as condições" de vida das suas famílias "se deterioraram", com "o acentuar da pobreza económica", fruto da crise.
    Os casos, sobre os quais o IAC não dispõe ainda de números concretos, têm sido diagnosticados, pelas equipas de rua ou por meio de denúncias, sobretudo na Baixa lisboeta e perto de grandes superfícies comerciais.
    Trata-se de adolescentes que, de acordo com Matilde Sirgado, abandonaram precocemente a escola e que, estando "entregues a si próprios", normalmente "passam rapidamente de vítimas a infratores".»
    (aqui)

    Resta referir que esta é uma realidade consumada e, infelizmente, vivenciada em vários locais do nosso país, sobretudo em zonas de imigração e sazonalidade. A Escola não se pode demitir, é-lhe exigido que esteja alerta e seja eficaz na deteção e denúncia destes casos. O abandono escolar e o absentismo nunca acontecem por acaso!


  43. Workshop

    terça-feira, 21 de maio de 2013

     
    23 de Maio de 2013, 15:30-17:00, Escola Superior de Saúde de Viseu

  44. Dia Internacional contra a Homofobia

    sexta-feira, 17 de maio de 2013

    Mais um dia a ser celebrado nas escolas: Dia Internacional Contra a Homofobia. Assinala-se no dia de hoje, porque foi a 17 de Maio de 1990 que a Organização Mundial de Saúde retirou a homossexualidade da lista de doenças mentais. Hoje, sublinha-se que a homossexualidade não tem cura porque não é doença. E não tem perdão porque não é pecado. Em 1991, a Amnistia Internacional passa a considerar que a discriminação contra homossexuais é uma violação dos direitos humanos.
    O ser humano pode ser homossexual, heterossexual ou bissexual. Qualquer destas orientações tem o mesmo valor clínico, sendo que a heterossexualidade é a condição mais comum. Deveria ser esta a única característica diferenciadora, mas o processo de educação humana no combate à homofobia está longe de ser concluído.
                       
    Este dia, mais do que ser assinalado nas escolas, deve dar o mote para vivências, actividades e projectos sem discriminação em função da orientação sexual ou da identidade de género.
    Para mais com os dados que nos são dados a conhecer no estudo da Rede Ex Aqueo: 42% de estudantes lgbt afirma ter sido vítima de bullying homofóbico; 67% dos jovens declaram ter visto colegas serem vítimas de bullying homofóbico; 85% dos jovens afirmam já ter ouvido comentários homofóbicos na sua escola; e menos de um sexto (15%) das situações culmina com algum tipo de repreensão à pessoa agressora.

    O mote internacional de 2013 é combater a Ciberhomofobia - manifestação de homofobia na internet e nos meios de comunicação social. Caracteriza-se pela criação, circulação ou incentivo de atitudes negativas sobre a homossexualidade e a identidade de género.
    Mais info aqui

    Em Portugal, aproveitando a boleia da celebração deste dia, foi aprovada na Assembleia da República a co-adopção de crianças por casais homossexuais. Os bispos lamentam. Deputados do CDS vão pedir a fiscalização da constitucionalidade desta lei.

    Sugestões de recursos para professores e pais:
    » Perguntas e respostas para pais e família de jovens gays e lésbicas, Vancouver School Board (em Inglês e Chinês)
    » Perguntas e respostas sobre orientação sexual na escola, Public Health Agency of Canada (em inglês)
    » Perguntas e respostas sobre identidade de género na escola, Public Health Agency of Canada (em inglês)
    » Gender Spectrum Handbook: What Educators Need to Know (em inglês)
    » Educar para a Diversidade. Guia para professores sobre Orientação Sexual e Identidade de Género. Rede Ex Aqueo.
    » Perguntas e Respostas Sobre Orientação Sexual e Identidade de Género. Rede Ex Aqueo.

  45. Dia Internacional da Família

    quarta-feira, 15 de maio de 2013

     
    Comemora-se hoje, 15 de Maio, o Dia Internacional da Família. Esta data, proclamada pela primeira vez em 1993, na Assembleia Geral da ONU, através da resolução A/RES/47/237, reflete a importância que a comunidade internacional atribui às famílias. De facto, a celebração deste dia permite consciencializar a sociedade sobre a importância da família ao mesmo tempo que procura aumentar o conhecimento dos processos sociais, económicos e demográficos que afetam as famílias.
    Todos os anos é publicada uma mensagem do Secretário Geral da ONU. A deste ano (aqui) refere que: "Unemployment is forcing many young people, often eager for independence, to rely on their parents longer than they would have hoped. The lack of affordable and quality childcare is complicating efforts by parents in dual-earner families to combine their work and home obligations. Inadequate pensions and care for older persons demands more attention as we succeed in our goal of extending lives."
    A comemoração desta data nas escolas poderá ser muito útil na perpectiva de levar crianças e jovens a pensarem na importância das suas famílias, a compreenderem e respeitarem as disparidade de agregados familiares existentes, a estreitarem laços intergeracionais, a perpectivarem o papel fulcral da família na actual conjuntura sócio-económica e a criarem modelos de família que, caso pretendam, constituirão futuramente.


     *Nota: O vídeo apenas retrata o modelo de família heterossexual e biparental. Há muitos outros!
    

  46. Números da IVG em 2012

    terça-feira, 14 de maio de 2013

    Voltarei, brevemente, a este assunto. Contudo, há duas notas positivas a referir:
    1) Contrariamente ao que se vem fazendo crer na opinião pública, os número da IVG estão numa rota de descida;
    2) O número de interrupções voluntárias da gravidez diminuiu nas jovens.

  47. Kit Corpo das Palavras

    sexta-feira, 10 de maio de 2013

    DESCRIÇÃO DO KIT

    Objectivos
    » Seleccionar e reunir, num só recurso, material bibliográfico diversificado de apoio à promoção da literacia em saúde sexual e reprodutiva;
    » Promover a educação sexual através da leitura;
    » Melhorar e alargar o apoio prestado aos educadores e professores contribuindo para a sua formação em educação sexual;
    » Estimular o interesse pelo desenvolvimento de acções de educação sexual nas escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico;
    » Criar oportunidades de reflexão e partilha sobre os temas básicos e de introdução à saúde sexual e reprodutiva;
    » Reforçar e dinamizar a cooperação entre o Centro de Recursos em Conhecimento da APF e os agentes educativos.

    Destinatários
    » Professores do 1º Ciclo do Ensino Básico e outros técnicos que pretendam desenvolver actividades no âmbito da educação sexual e saúde reprodutiva com este grupo etário;
    » Investigadores na área do desenvolvimento e educação sexual para a infância.

    Conteúdo
    » Um conjunto de documentos de apoio técnico-pedagógico e de referência que podem ser utilizados autonomamente e/ou como apoio à leitura das histórias;
    » Um grupo de livros do tipo narrativo e ficcional, organizado em três grandes temas, Relações e Afectos; Gravidez e Reprodução e Corpo e Sexualidade para os quais foram feitas fichas de leitura de apoio à exploração de conteúdo;
    » Ficha de avaliação das actividades;
    » Sugestões de outros livros pertinentes para ler e explorar em contexto de aula;
    » Bibliografia técnica;
    » Definição de saúde sexual e reprodutiva da Organização Mundial de Saúde.


    Disponível aqui

  48. Objectivos da educação sexual na escola

    segunda-feira, 6 de maio de 2013

    O grande objectivo da educação sexual é contribuir para uma vivência mais informada, mais gratificante, mais autónoma e mais responsável da sexualidade.

    No domínio dos conhecimentos, a educação sexual pode contribuir para um maior e melhor conhecimento dos factos e componentes que integram a vivência da sexualidade, nomeadamente:

    » As várias dimensões da sexualidade;
    » A diversidade dos comportamentos sexuais ao longo da vida e das características individuais;
    » Os mecanismos da resposta sexual, da reprodução, da contracepção e da prática de sexo seguro;
    » As ideias e valores com que as diversas sociedades foram encarando a sexualidade, o amor, a reprodução e as relações entre os sexos ao longo da história e nas diferentes culturas;
    » Os problemas de saúde - e as formas de prevenção - ligados à expressão da sexualidade, em particular as gravidezes não desejadas, as infecções de transmissão sexual, os abusos e a violência sexuais;
    » Os direitos, a legislação, os apoios e recursos disponíveis na prevenção, acompanhamento e tratamento destes problemas.

    No domínio das atitudes, a educação sexual pode contribuir para:
    » Uma aceitação positiva e confortável do corpo sexuado, do prazer e da afectividade;
    » Uma atitude não sexista;
    » Uma atitude não discriminatória face às diferentes expressões e orientações sexuais;
    » Uma atitude preventiva face à doença e promotora do bem-estar e da saúde.

    No domínio das competências individuais:
    » Desenvolvimento de competências para tomar decisões responsáveis;
    » Desenvolvimento de competências para recusar comportamentos não desejados ou que violem a dignidade e os direitos pessoais;
    » Desenvolvimento de competências de comunicação;
    » Aquisição e utilização de um vocabulário adequado;
    » Utilização, quando necessário, de meios seguros e eficazes de contracepção e de prevenção do contágio de infecções de transmissão sexual;
    » Desenvolvimento de competências para pedir ajuda e saber recorrer a apoios, se necessário.

    Fontes: Portal da Saúde e APF

  49. Os valores essenciais que, em termos de política educativa e intervenção profissional, devem orientar a educação sexual nas escolas são os seguintes:
    > O reconhecimento de que a autonomia, a liberdade de escolha e informação adequada são aspectos essenciais para a estruturação de atitudes e comportamentos responsáveis no relacionamento sexual;
    > O reconhecimento de que a sexualidade é uma fonte potencial de vida, de prazer e de comunicação e uma componente da realização pessoal e das relações interpessoais;
    > O reconhecimento da importância da comunicação e do envolvimento afectivo e amoroso na vivência da sexualidade;
    > O respeito pelo direito à diferença e pela pessoa do outro, nomeadamente os seus valores, a sua orientação sexual e as suas características físicas;
    > A promoção da igualdade de direitos e oportunidades entre homens e mulheres;
    > A promoção da saúde dos indivíduos e dos casais, nas esferas sexual e reprodutiva;
    > O reconhecimento do direito à maternidade e à paternidade livres, conscientes e responsáveis;
    > O reconhecimento das diferentes expressões da sexualidade ao longo do ciclo da vida;
    > A recusa de expressões de sexualidade que envolvam violência ou coacção, ou relações pessoais de dominação e de exploração.

    Fontes: Portal da Saúde e APF

  50. Números da Violência Doméstica

    sábado, 27 de abril de 2013

    "No ano passado, e até Novembro, foram mortas pelo menos 36 mulheres às mãos daqueles com quem ainda mantinham uma relação, fosse ela de casamento, união de facto, namoro ou outro tipo relação de intimidade. Em alguns casos, o homicida foi o ex-marido ou ex-companheiro. No ano anterior tinham sido 27, segundo o Observatório de Mulheres Assassinadas da União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR)..., uma organização não-governamental. O grupo etário que registou mais homicídios foi o das vítimas com idades compreendidas entre os 36 e os 50 anos de idade.
    Infelizmente ainda há muitas mulheres que por medo ou necessidades económicas permanecem com estes monstros. Mas pior é ainda quando acontece a primeira agressão, por vezes ainda no namoro, e elas acham que é normal e ainda dizem: "mas eu gosto dele..." e é evidente que a situação só poderá perpetuar-se no tempo e ter resultados desastrosos. E ainda pior é as autoridades portugueses ou não ligarem (felizmente esta situação está a melhorar) ou a lei não conseguir proteger as vítimas dos agressores (incluo as agressoras também), penalizar ainda mais as vítimas e em vez de punir somente com penas de prisão os agressores não os ajudar a mudar o seu comportamento..."
     Retirado do facebook da página 'Imigração Género Violência' (aqui)
     


  51. Mutilação Genital Feminina

    quinta-feira, 25 de abril de 2013

    É frequente pensar-se que a mutilação sexual feminina (MGF) apenas é uma realidade de países africanos, contudo esquecemo-nos que temos por toda a Europa, e claro, em Portugal, muitos imigrantes africanos que continuam a usar esta prática desumana. Há relatos de meninas residentes em Lisboa e arredores, Setúbal e Algarve, que foram sujeitas a esta prática, normalmente nos países de origem dos pais.
    Por tudo isto, partilhamos alguns documentos, estudos e também legislação sobre MGF
    (recolha da APF e documentos alojados no site da APF)
    MGF na União Europeia e na Croácia (2013) (em inglês)
    # Boas práticas no combate à MGF (2013) (em inglês)
    # Situação da MGF em Portugal (2013) (em inglês)
    # Orientações da Direção Geral de Saúde sobre MGF (2012)
    # MGF - Guia de procedimento para órgãos de Polícia Criminal (2012)
    # "Too Much Pain" (2013) (em inglês)
     
    VÍDEOS SOBRE MUTILAÇÃO GENITAL FEMININA