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  1. ...sem comentários!

    quarta-feira, 28 de dezembro de 2016



  2. Manipulações

    domingo, 4 de dezembro de 2016

    O JN destaca na capa da edição de hoje uma sensacionalista (e mentirosa!) notícia sobre a Educação Sexual nas escolas.
    Além de um rol de inverdades e incorreções o jornal dá como definitivo um documento que se encontra em discussão pública até às 12 horas do dia de hoje, 4 de dezembro. É assim que se contribui para a manutenção dos tabus e mitos em torno da sexualidade humana. Infelizmente, quem sai prejudicado são as crianças e jovens.

    Analisem o referencial (aqui) e tirem as vossas próprias conclusões. Não se deixem manipular!

  3. Dia Mundial de Luta Contra a Sida

    quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

    Esperança de vida adicional de um doente com VIH é de mais 45 anos

    ONU Sida quer que em 2020 existam 30 milhões de pessoas no mundo a tomar antirretrovirais. Em Portugal os novos casos continuam a descer: foram 990 no ano passado.
    fonte: DN



  4. Com vista a sinalizar o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, o Governo Português e um conjunto de Organizações Não Governamentais (AMCV, APAV, APMJ, CVP, MDM e UMAR), associados à CIG e ao Ministério Público, concretizaram uma campanha com o mote «Comunidade ativa contra a violência». 


    Todos os materiais estão disponíveis para consulta e download aqui.



  5. Webinar "Violência Sexual contra os/as adolescentes"

    quarta-feira, 23 de novembro de 2016

    No próximo dia 29 de novembro, às 21 horas, vai decorrer o webinar "Violência Sexual contra os/as adolescentes". É organizado pelo Projeto WebEducaçãoSexual. É grátis, mas necessita de inscrição. Decorre totalmente online.  

    Todas as informações aqui.

  6. Concordo plenamente!

    sábado, 22 de outubro de 2016

    APF quer hora semanal de Educação para a Saúde e Cidadania
    Duarte Vilar, diretor executivo da Associação para o Planeamento da Família (APF), defende que temos uma legislação exemplar em matéria de educação sexual, mas que a crise dos últimos anos terá afetado iniciativas e projetos. Aos responsáveis da Educação, a APF propõe a criação de uma área curricular, com uma hora semanal, para educar para a saúde e para a cidadania. Além disso, considera fundamental que nas escolas as direções apoiem e reforcem as equipas dos Gabinetes de Saúde existentes.

    Entrevista de Duarte Vilar ao site da Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica #aqui


    as escolas

  7. quinta-feira, 13 de outubro de 2016

    Chama-se dezanove o primeiro portal exclusivamente dedicado à comunidade LGBT em Portugal. Já existe desde 2010, mas só agora veio parar ao nosso radar.  

     
    Pode ler-se na apresentação do portal:

    "Um portal de notícias e eventos que reflecte o dia-a-dia da temática LGBT em Portugal e no mundo, de forma isenta e descontraída, destinado a tod@s que gostem de estar em cima do acontecimento.
    E dezanove porquê? Bom, poderíamos começar a alimentar os mitos associados a este número, mas não vamos fazê-lo. Dezanove é o número do artigo da Declaração Universal de Direitos Humanos que diz que todo o ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão, mas também de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras."

  8. "Pubertet" - programa televisivo de educação sexual

    segunda-feira, 10 de outubro de 2016

    Na Noruega, a educação sexual faz parte dos programas escolares, com disciplina própria, desde 1970. 

    Desde Maio do ano passado, o  canal da televisão pública (NRK), tem um programa de televisão apenas à educação sexual. Chama-se "Pubertet" e tenta responder às questões mais comuns sobre a puberdade. Assim, em cada episódio, de uma maneira aberta e concisa, a apresentadora Linha Jansrud aborda as transformações que ocorrem durante esta fase.


     
    Contudo, o programa não tem escapado às controvérsias, principalmente causadas pelo aparecimento de modelos nus e de conteúdos explícitos (segundo a crítica) - que têm provocado até acusações de pornografia.

    Apesar das críticas, o programa foi muito bem recebido pelo público norueguês. E os seus responsáveis já têm desmentido as acusações, afirmando que o programa está longe de qualquer conotação de tipo sexual. A cadeia NRK só tem elogios para o programa e já lhe atribuiu o Prémio de Jornalismo do Ano.

     Apesar dos programas serem narrados em norueguês, dispõem de legendas em inglês. Podem ver todos os programas aqui.

  9. Campanha Nacional contra a Violência no Namoro

    quinta-feira, 6 de outubro de 2016

    A Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, a SEIES, a UMAR e a Capazes em parceria com as associações e federações académicas, lançaram, no dia 4 de outubro de 2016, uma campanha nacional contra a violência no namoro no ensino superior.
    A campanha intitula-se «Muda de Curso: violência no namoro não é para ti». Foi criado um vídeo e cartazes para divulgação e sensibilização da temática.
    Recorde-se, por exemplo, o recente estudo da UMAR onde se conclui que 25% das raparigas e 24% dos rapazes afirmam ter sido vítimas de violência psicológica no namoro; 16% dos jovens consideram “normal forçar o/a companheiro/a a ter relações sexuais” e 33% dos jovens inquiridos não considera que a proibição de sair seja uma forma de violência.



  10. Agora que o pasquim trouxe o tema para a capa talvez se volte a colocara a Educação para a Sexualidade na agenda mediática/política. Também seria bom que ela fizesse parte da agenda de TODAS as escolas/agrupamentos!



  11. Faça-se cumprir a lei!

    terça-feira, 27 de setembro de 2016

    PS quer que preservativos sejam distribuídos de graça nas escolas

    Lei de 2009 para secundário nunca foi aplicada. Projecto dos deputados socialistas recomenda também a extensão da educação sexual às faculdades e politécnicos, com a criação para o efeito de gabinetes de informação ao aluno.
    (...)
    Por outro lado, frisa-se no projecto de resolução, Portugal continua entre os países da Europa com mais novos casos de infecção de VIH/sida, sendo esta situação atribuída, entre outros factores, à “baixa distribuição de contraceptivos, com destaque extremo no género feminino”. Em suma, apontam, “o número de novos casos de VIH/sida, a elevada taxa de gravidez na adolescência e os comportamentos discriminatórios em relação ao género e à orientação sexual em Portugal são ainda suficientemente preocupantes para justificar novas medidas que assegurem uma efectiva aplicação e incentivo da educação sexual em meio escolar”, que até agora continua a ser “claramente insatisfatória”.
    (...)
    Quanto aos Gabinetes de Informação e Apoio ao Aluno, Inês Lamego refere que da audição feita a muitos jovens e pais resulta a ideia de que a sua actividade não tem sido marcante. Isso mesmo é também reportado num estudo de 2015 que avalia a implementação da educação sexual na região do Algarve. “A generalidade dos Gabinetes de Informação e Apoio ao Aluno analisados eram espaços impessoais e, segundo as percepções da maioria dos coordenadores da educação para a saúde/educação sexual, pouco procurados pelos alunos”, refere-se, para se acrescentar que “esta reduzida procura é explicada, por um lado, pelo facto de os alunos não terem disponibilidade para visitar os gabinetes devido aos horários muito preenchidos e, por outro lado, por estes terem receio de serem ‘rotulados’ por frequentarem o espaço, visto que existe alguma dificuldade em garantir o anonimato de quem os frequenta”.

    No diploma de 2009 estabelece-se que as escolas devem disponibilizar “um espaço condigno para o funcionamento” daqueles gabinetes, “organizado com a participação dos alunos, que garanta a confidencialidade aos seus utilizadores”. Outro problema identificado é o da falta de preparação dos professores para assegurarem a educação sexual. No relatório sobre a situação no Algarve, que é extensível ao resto do país, menciona-se a este respeito que a educação sexual continua a ser atribuída aos professores de Ciências Naturais por se considerar que “são os mais capazes de abordar estes temas, ignorando-se o facto de que a educação sexual não contempla apenas a dimensão biológica e científica, mas também a dimensão dos afectos, sentimentos, competências pessoais e sociais, que qualquer professor deveria estar habilitado a abordar”.

    Fonte: Público online

  12. Urgentíssimo...

    segunda-feira, 26 de setembro de 2016

    Sociedade Portuguesa de Contracepção e Associação para o Planeamento Familiar apelam uma revisão “urgente” das condições da educação sexual em Portugal
    A propósito do Dia Mundial da Contracepção, que se assinala esta segunda-feira, a Sociedade Portuguesa de Contracepção e a Associação para o Planeamento Familiar, defendem que as mulheres imigrantes em Portugal devem ter acesso às consultas de saúde sexual e reprodutiva, “independentemente do seu estatuto legal.”(...)
    As duas entidades recordam ainda que em 2009 a educação sexual “foi considerada obrigatória no plano curricular dos jovens”, mas em 2015 apenas 67,4 % disse ter acesso a informação sobre contracepção e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Por isso apelam ainda para uma revisão “urgente” das condições da educação sexual em Portugal.

  13. No Dia Mundial da Contraceção, assinalado no calendário a 26 de setembro, a Direção-Geral da Saúde (DGS) recorda o estudo divulgado no ano passado, da Sociedade Portuguesa de Ginecologia e da Sociedade Portuguesa de Contraceção, que analisou os hábitos contracetivos de quatro mil mulheres com idades compreendidas entre os 15 e os 49 anos.

    Em Portugal, 94% das mulheres usam algum método contracetivo. Apesar de a pílula ser o método mais utilizado, o seu uso tinha caído de 62%, em 2005, para 58%, em 2015. Notava-se um aumento do uso do dispositivo intrauterino, do implante subcutâneo, do adesivo e do anel vaginal.

    Para saber mais, consulte: Programa Nacional de Saúde Reprodutiva

  14. Naturalmente...

    segunda-feira, 19 de setembro de 2016

    Acabou a proibição total. Homossexuais já podem dar sangue.

    A dádiva de sangue por parte de homossexuais e bissexuais vai passar a ser permitida, embora condicionada a um período de suspensão de um ano, segundo uma norma de orientação clínica da Direção-Geral da Saúde (DGS), hoje publicada.
    Estas novas regras vêm pôr fim à proibição total de homens que têm sexo com homens - homossexuais e bissexuais - poderem dar sangue, passando aquilo que é hoje considerado como "critério de suspensão definitiva" para "critério de suspensão temporária".
    Na prática, estes passam a poder ser dadores de sangue, estando sujeitos à aplicação de um período de suspensão temporária de 12 meses após o último contacto sexual, com avaliação analítica posterior.
    O mesmo período de suspensão (um ano) é aplicado a todos os dadores que tenham tido relações sexuais com trabalhadores do sexo e utilizadores de droga.  
    Ler o resto aqui

    Fonte: DN

  15. Partilho um documento fundamental para todos aqueles que de alguma forma estão envolvidos na implementação da educação sexual nas escolas.
    Pode ler-se logo no preâmbulo: 
    "A rights-based approach combines human rights, development and social activism to promote justice, equality and freedom. Implementing young people’s sexual rights in policies and programmes empowers young people to take action and to claim what is their due, rather than passively accepting what adults (government, health providers, teachers and other stakeholders) decide for them. In turn adults need to support these rights. Implementing sexual rights is about promoting and preserving human dignity."

    O documento completo está aqui.

  16. Hoje, 4 de setembro, assinala-se o dia Mundial da Saúde Sexual. 
    Este ano, para assinalar a data, a Associação Mundial para a Saúde Sexual(WAS)  pede para todos os que de alguma forma se interessam pelo tema reflitam sobre o tema “Saúde sexual: eliminemos os mitos!”


    Acedendo ao pedido da WAS, Sandra Vilarinho, terapeuta Sexual e presidente da Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica, partilhou a sua opinião, que seguidamente transcrevemos:
    (...) Como parceira da WAS, a Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica abraça este desafio, iniciando hoje – um dia especial para a sexualidade aqui e no mundo – uma longa caminhada de reflexão sobre alguns dos mitos que ameaçam a nossa saúde sexual, como sejam mitos sexuais em torno da idade, género, deficiência, doença, desempenho sexual, fisiologia, resposta sexual ou direitos sexuais.

    É comum julgar-se que estamos hoje em condições de viver plenamente a sexualidade, que a nossa liberdade individual é incomparavelmente superior ao passado. No contexto português, foi-se rompendo progressivamente – nas últimas décadas – com tabus e silêncios ancestrais, repressivos e castradores de uma vivência da sexualidade livre e plural. Sobretudo a partir da Revolução dos Cravos, têm vindo a ser reclamados, com maior ou menor nível de sucesso, muitos direitos sexuais, transversais em idade, género, orientação sexual, etnias. A lei portuguesa acompanhou muitas das reivindicações e evoluções de mentalidades. As nossas ciências médicas estão mais atentas e responsivas. Considera-se hoje a sexualidade das pessoas com deficiência ou com condições de doença física e mental. As ciências sociais entendem a vida íntima e privada como um objeto de estudo legítimo. São muitas e muito positivas as mudanças operadas em matéria de sexualidades no nosso país, mesmo que a transformação tenha sido lenta.

    Hoje, falamos cada vez mais, com menos eufemismos, sobre sexo e sexualidade. Mas será que falamos e pensamos sem ideias equívocas, preconceituosas e mitómanas acerca das mais diversas sexualidades, mesmo as mais convencionais e maioritárias? Ou será que aquilo que pensamos e falamos sobre a sexualidade – nas nossas esferas privadas, nas nossas redes sociais, e até nos media de grande alcance – está ainda eivado de muitas idealizações e efabulações, sem fundamento científico e radicalmente distanciadas da realidade?

    Que mitos são estes que persistem ainda,sem qualquer fundamento científico, de forma mais ou menos camuflada, na nossa sociedade? Que presença e força têm no nosso imaginário pessoal e social?

    É sobre estas crenças que assentam em padrões condicionados, seja ele o do desempenho, da beleza, da idade, do género e tantos outros, que queremos pensar. Mitos alimentados por mensagens “fast pleasure”, que ditam receitas para o melhor orgasmo, a genitália perfeita, a frequência ideal do prazer, a duração e a dose certa de prazer, tornando a nossa liberdade de ser, sentir e agir, num simples padrão-obrigação. Estas crenças são sugeridas e reforçadas na cultura popular, em filmes, séries televisivas, livros, jornais, revistas e anúncios publicitários, que normatizam, e portanto ‚deseducam’, afastando os corpos e as práticas da sua liberdade subjetiva. Existem cada vez menos tabus, mas persistem ainda muitos mitos no que respeita ao sexo e à sexualidade em geral.

    A Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica vai seguir este trilho de desmistificação. Ao longo do próximo ano, até ao dia 4 de Setembro de 2017, o dia 4 de cada mês assinalará um tema em torno dos mitos. No site da SPSC será lançado mensalmente um desafio com um breve questionário de participação anónima e voluntária, acompanhado de informação que visa contribuir para desconstruir crenças erróneas e infundadas.
 Participe, divulgue e faça parte deste desafio para uma sexualidade mais livre, saudável e plural. Pense a sua sexualidade connosco! Sem mitos…

  17. Escolas francesas recebem clitóris em 3D

    sábado, 27 de agosto de 2016

    Os alunos franceses vão ter uma surpresa no próximo ano lectivo, que começa em Setembro. É que este ano, vão aprender com mais detalhe tudo o que há para saber sobre o clitóris, com uma escultura em 3D, anatomicamente correcta.
    A escultura, feita através de impressora 3D, foi ideia da investigadora Odile Fillod que reparou que o órgão sexual não era apresentado correctamente nos manuais escolares.
    A investigadora criou o modelo no centro científico, Cités des Sciences et de L’Industrie, em Paris e conta que a escultura chegue às escolas em Setembro. "É importante que as mulheres tenham uma imagem mental do que se passa nos seus corpos quando são estimuladas", disse Odile Fillod ao The Guardian.

    "Também é vital saber que o equivalente do pénis na mulher não é a vagina, é o clitóris", explicou a investigadora, que colabora com uma série de canal de televisão online sobre educação sexual. "As mulheres têm erecções quando estão excitadas, mas não são visíveis porque a maior parte do clitóris é interno. Quis mostrar que homens e mulheres não são fundamentalmente diferentes."
    A escultura surge numa altura em que, o Alto Conselho para a Igualdade, uma agência governamental francesa, publicou um relatório sobre a educação sexual no país e concluiu que as aulas são sexistas. As directrizes indicam que os rapazes focam-se na "sexualidade genital", enquanto as raparigas "preocupam-se mais com o amor."


    FONTE: Sábado

  18. Música de apoio às vítimas de violência doméstica

    quarta-feira, 13 de julho de 2016



  19. Love is Respect

    quinta-feira, 30 de junho de 2016

    A missão de Love is respect é educar e capacitar os jovens para prevenir e (idealmente) acabar com relacionamentos abusivos.


    O site está recheado de informação e materiais para ajudar jovens (e menos jovens), pais e educadores(as) a denunciarem, evitarem e prevenirem relacionamentos abusivos. 

    Destaco os questionários que poderão ser extremamente úteis e interessantes para trabalhar esta temática com as(os) jovens.

    Todo o material está disponível em inglês e em espanhol. 

  20. Os Usos do Tempo de Homens e de Mulheres em Portugal

    terça-feira, 28 de junho de 2016

    Os jornais e sites noticiosos fizeram várias manchetes com os resultados do estudo que titula este artigo. Há títulos para todos os gostos, mas quase todos refletem uma realidade - a igualdade de género continua a ser uma meta distante!

    O dado que mais me entristece é o facto de 70% das mulheres achar que é justo o desequilíbrio nas tarefas domésticas, em seu prejuízo. Como disse a coordenadora do estudo ao Público “há uma naturalização, tanto de homens como de mulheres, relativamente ao que continua a ser socialmente esperado de si, no contexto das famílias. E daí este grau menos apurado de percepção das injustiças que rodeiam esta realidade”. Eu acrescentaria que são muitos séculos de uma sociedade machista e patriarcal.


    Ainda não consegui aceder ao estudo, quando o fizer partilharei por aqui.


  21. Esterilização de deficientes: Governo averigua denúncias sobre um tema “tabu”

    Há muito que sabia desta realidade, mas pensei que já não existisse. Pelo menos com participação e conivência do SNS, da ordem dos médicos e, em última instância, do estado português. Enganei-me!
    Mais a mais, numa altura em que passam 6 anos da ratificação portuguesa da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, onde se prevê, entre outros aspetos, que estas têm direito a uma vivência plena da sua sexualidade. Também o Código Deontológico da Ordem dos Médicos refere que “em casos de menores ou incapazes, os métodos de esterilização irreversíveis” implicam “sempre” o “prévio consentimento judicial”, o que, claramente, não tem acontecido.
    Contudo, já em abril as Nações Unidas tinham denunciado que, em Portugal, pessoas com deficiência, “especialmente aquelas que foram declaradas legalmente incapacitadas, continuam a ser, contra sua vontade, objecto de interrupção da gravidez, esterilização” e outras intervenções.

    Sei que, eticamente, o assunto é complicado, mas a esterilização forçada e sem consentimento remete-nos para um quadro onde negro onde sobressaem os EUA do início do século passado ou para a Alemanha nazi.

    Aconselho também a leitura do seguinte testemunho de uma mãe:
    “A laqueação das trompas da minha filha foi das decisões mais difíceis que tive que tomar”

  22. "Espelho Eu"

    quarta-feira, 22 de junho de 2016

    O projeto Espelho Eu é resultado de uma parceria entre o Instituto de Apoio à Criança (IAC), a Associação de Mães e Pais pela Liberdade de Orientação Sexual e Identidade de Género (AMPLOS) e a empresa BENEXT.

    Para já é uma página de facebook - “Espelho Eu”, mas pretende ser uma plataforma de informação e partilha sobre diversidade de expressões e de identidade de género na infância. Está na calha um site e há conferências, workshops e ações de formação pensadas sobre o tema.
    Transcrevo alguns excertos de noticia do Observador sobre este projeto:

    “Há uns anos fui professora de uma turma fantástica de 1º ano. Alunos com 5 e 6 anos. Havia um menino que não gostava de ir jogar à bola com os colegas. O que ele gostava mesmo era de ficar com as raparigas a fazer desfiles de moda. Quando fazíamos teatrinhos, perguntava-me sempre: ‘Professora, posso escolher a minha personagem? Quero fazer qualquer uma desde que seja uma menina!'”
    A vontade de Vasco (nome fictício) ilustra uma expressão de género diferente da esperada, com base no género atribuído à nascença. Neste caso, Vasco nasceu rapaz porque assim indicou o seu órgão genital. Mas, aos 6 anos, Vasco baralhou o que era expectável e gosta mesmo é de coisas ditas femininas.
    (...)
    Conheci um pai que proibiu o filho de brincar com bonecas, então o menino andava sempre com desenhos de bonecas com ele. Outros só deixam os filhos estar 10 minutos a brincar com as bonecas, negoceiam o tempo, como se fosse algo nocivo. Tipo quando os pais só deixam os filhos estar 10 minutos no iPad”, aponta Margarida.
    O menino mais novo que apareceu na AMPLOS tinha 4 anos. O mais velho tinha 10 anos. Aqui há (mesmo) diferenças entre eles e elas. Elas “são mais livres de brincar como querem”, nota Margarida, e não alarmam tanto as famílias. Já quando eles fogem dos estereótipos masculinos, o despertador soa mais alto. “A família não acha muita piada a um menino que goste de usar brilhantes, ou rosa choque, ou que adore a Chica Vampiro. Há quem evite alguns almoços e jantares para não expor os filhos, porque os amigos da família fazem comentários. Ou então ralham com os filhos e ordenam: ‘Não vais sair de casa assim’. O estigma é muito grande”, sublinha a professora Marta, uma das responsáveis do IAC por este projeto.
    Há muitos estereótipos nas salas de infantário. Há o cantinho das bonecas, o canto dos carrinhos, o canto da cozinha e do ferro de engomar. Sem querer, estes espaços condicionam a expressão de género”, diz Margarida Faria.
    O conflito interior da criança pode desencadear um conflito nas famílias. “Temos pais que se estão a separar e que têm posições diferentes nestas questões. São famílias que discordam na maneira de tratar o assunto”, esclarece Margarida Faria. Há sobretudo alguma dificuldade em falar sobre o assunto, porque temem os rótulos,“temem que o filho venha a ser homossexual ou transexual”, acrescenta a professora.
    (...)
    Ser ‘maria-rapaz’ acaba por não fazer mal, até é engraçado, mas ser ‘mariquinhas’ já é diferente”, sublinha Marta Rosa.
    O nome, esse, é um trocadilho com a expressão do pedaço de vidro que nos mostra quem somos. É fruto de uma ação pro-bono da BeNext, que também desenhou o logótipo. “O nome é uma evolução de ‘Espelho Meu’. É um reflexo mais profundo do que se é além do que se vê à primeira vista. A relação com o espelho pode parecer óbvia mas, no caso destas crianças, é o momento em que se confrontam com a ‘sua’ imagem que pode não corresponder àquilo que elas ‘são’ no seu íntimo“, explica Raul Reis, diretor criativo da agência de publicidade e design.
    A imagem do projeto reflete precisamente essa fusão entre feminino e masculino. “Representa essas dúvidas que chegam da intimidade. O círculo representa o mundo fechado em que estas crianças vivem, porque têm duvidas sobre a aceitação. Os dois rostos dão esta dupla função de causar essa ambiguidade. Esta figura que se vê ao espelho vê na realidade outra figura”, remata o criativo.
    Esta é também uma questão de cores. Tanto o IAC como a AMPLOS clamam pelo fim dos “bibes cor de rosa e azul” e da “chuva de roupas rosa ou azul que rebenta quando a grávida diz de que sexo é o bebé”. Em vez disso, sugerem que seja dada liberdade pelos pais e educadores para que as crianças escolham as brincadeiras, os desportos e as roupas que quiserem. O próprio logótipo não foi colorido ao acaso.“Quisemos escolher cores mais ambíguas que também refletissem a dúvida, e fugir ao óbvio rosa e azul”, explica Raul.
    Segundo a presidente da AMPLOS, um dos objetivos principais é dizer a crianças e famílias “que não estão sozinhas” e passar a mensagem, através de testemunhos e artigos, de que “é essencial que as crianças cresçam em ambientes seguros, livres, venham a ser o que forem. A fluidez de género é só isso — fluidez de género. O futuro não se sabe”, sublinha.
    A página é gerida em conjunto pelas duas organizações e por pais de crianças com fluidez de género. Os professores e médicos são alvos preferenciais: “Nós no IAC sabemos que há professores que não sabem lidar com uma expressão de género diferente na sala de aula ou no recreio. Há crianças que são encaminhadas para o psiquiatra.As atitudes que se tomam nesta idade podem ter consequências terríveis”, adverte.
    Vasco queria ser uma menina nas peças de teatro da escola e o pedido não foi problemático. Nem para a professora Marta Rosa nem para as restantes crianças. “Ele assumia a personagem de menina em tudo: na voz, nos gestos, no andar. Os outros miúdos achavam imensa piada. Mas isto nem sempre acontece assim”, conclui a professora.

  23. Contraceção de longa duração

    domingo, 19 de junho de 2016

    Tudo, mas mesmo tudo, que sempre desejou saber sobre contraceção de longa duração pode ser encontrado neste magnífico site, patrocinado pela Bayer. Pois...não há almoços grátis!


    É super intuitivo, usa linguagem simples e clara. Cientificamente, apresenta-se sem mácula e, visualmente, é muito interessante.
    Deve fazer parte dos favoritos de todas as mulheres e homens, jovens e menos jovens. Sim, homens também! Embora o corpo seja da mulher e a decisão final seja dela, penso que o homem também deve ser ouvido na politica contracetiva/planeamento familiar a seguir pelo casal. 


    Também é possível descarregar uma checklist para ajudar a conhecer e a decidir (se se pretender) qual a contraceção de longa duração mais adequado para cada caso específico.

  24. Ilustrar Sentimentos

    sexta-feira, 10 de junho de 2016

    No âmbito da oficina de formação "Educação Sexual em Contexto Escolar: da Teoria à Prática" que tive o prazer de orientar em Lagos, propus às formandas que realizassem a atividade 'Ilustrar sentimentos'. Esta atividade consiste em, tal como no nome diz, ilustrar, com desenhos, palavras, imagens,... um sentimento. No caso, os sentimentos/emoções foram sorteados, mas poderiam ter sido de escolha livre.

    Esta pode ser uma atividade muito interessante para abordar com os(as) alunos(as) a temática dos afetos. Poderá culminar numa exposição dos trabalhos elaborados. 


    No caso da oficina que orientei, os trabalhos eleitos como sendo os melhores foram os seguintes: 


  25. E se fosse consigo? - Violência Doméstica

    terça-feira, 7 de junho de 2016


  26. Violência no namoro

    segunda-feira, 6 de junho de 2016

    O tema da violência no namoro entrou na trama da série juvenil da TVI - Massa Fresca.
    Os atores que interpretam as personagens que retratam o problema participam neste vídeo, publicado no Facebook da novela/série da TVI, onde dão algumas pistas sobre como detetar e o que fazer na presença de violência no namoro.
    Os dois jovens atores terminam o vídeo referindo "se não acabaste até aqui, acaba, porque daqui para a frente só vai piorar. Pede ajuda a amigos e família. Porque só faz sentido namorar com uma pessoa que gosta de ti".

  27. O Centro Hospitalar de São João (CHSJ) realizou pela primeira vez, uma cirurgia de reatribuição sexual de feminino para masculino.
    Para a realização desta cirurgia foram envolvidas quatro equipas constituídas por profissionais de saúde especializados em várias áreas como sendo a cirurgia plástica reconstrutiva e estética, a ginecologia e a urologia. O utente em causa é seguido na Consulta de Medicina Sexual de Clínica de Saúde Mental e Psiquiatria do CHSJ e já tinha sido efetuada a mastectomia bilateral (remoção do tecido mamário das duas mamas) e histerectomia com anexotomia (remoção do útero).
    Nas palavras de Álvaro Silva, diretor do Serviço de Cirurgia Plástica do CHSJ: “Enquanto se realizava a faloplastia (construção do pénis) com retalho livre antebraquial radial esquerdo pela equipa de cirurgia plástica, o grupo de profissionais especializados em Ginecologia realizou a vaginectomia (remoção da vagina) a que se seguiu o alongamento da uretra e cistostomia (colocação do cateter urinário na bexiga) realizado por um urologista, bem como a construção do escroto (bolsa testicular) por um cirurgião plástico.”
    A equipa de Cirurgia Plástica trabalhou em conjunto na finalização da cirurgia que consiste na preparação dos vasos e nervos para a transferência do falo e respetivas anastomoses.
    “Esta cirurgia multidisciplinar só foi possível com a preciosa colaboração dos três serviços já referidos, mas também do serviço de anestesia que manteve o utente anestesiado durante as 12 horas da cirurgia, bem como toda a equipa de enfermagem do bloco operatório”, afirma Álvaro Silva.
    O Cirurgião plástico acrescenta que “o sucesso desta cirurgia deveu-se de forma significativa o investimento feito pelo CHSJ, na formação dos médicos internos de cirurgia plástica em centro de referência internacional na cirurgia de reatribuição sexual.

  28. Materiais 'Educa-Sexual'

    sábado, 21 de maio de 2016



  29. E se fosse Consigo? - Violência no Namoro

    terça-feira, 17 de maio de 2016


  30. Portugal entre os que mais asseguram direitos de gays e transexuais (aqui)

    No entanto,...


    • A ILGA aproveitou a comemoração deste dia para apresentar o Relatório da Discriminação em Função da Orientação Sexual e da Identidade de Género 2015 (aqui).
    • Casos de homofobia nas escolas não chegam ao Ministério da Educação (aqui)

  31. Concordo plenamente com  o editorial do DN de hoje.

  32. Mais um passo no sentido da modernidade

    sexta-feira, 13 de maio de 2016

    Parlamento aprova "barrigas de aluguer" e procriação medicamente assistida
    A Assembleia da República aprovou esta sexta-feira as propostas que permitem o acesso à gestação de substituição - as chamadas "barrigas de aluguer" - em casos de ausência de útero (ou lesão ou doença desse órgão) e sobre o alargamento da procriação medicamente assistida (PMA) a todas as mulheres. [ler tudo aqui]
    Fonte: DN


    Por que não se deve dizer "barrigas de aluguer"?

    Filomena Gonçalves, vice-presidente da Associação Portuguesa de Fertilidade, explica porque é que deve dizer-se "maternidade de substituição" ou "gestação de substituição" em vez de "barrigas de aluguer": "O conceito de barrigas de aluguer é muito hollywoodesco, foi importado porque em muitos países é feito um contrato de aluguer do útero e existe uma compensação monetária".
    No entanto, em Portugal, a lei aprovada "prevê que haja um empréstimo benévolo do útero". Assim, acrescenta Filomena Gonçalves, "evita-se que seja criado um mercado e que haja um aluguer do corpo". A lei serve apenas para mulheres com problemas associados ao útero poderem cumprir o sonho de serem mães.
    Fonte: TSF

  33. E se fosse consigo? - Homofobia

    terça-feira, 10 de maio de 2016


  34. Campanha para uso do preservativo

    sábado, 7 de maio de 2016


  35. Foram vendidas em 2015 mais de 170 360 mil embalagens de pílula do dia seguinte, mais 30% do que em 2012, ano em que foram vendidas 132.029 pílulas.

    Ao mesmo tempo que houve um aumento de venda da pílula do dia seguinte, os dados apontam para uma diminuição do número de interrupções voluntárias da gravidez. Em 2010 realizaram-se 20.137 abortos, 19.282 em 2013 e 16.589 em 2014.

    A Associação para o Planeamento da Família (APF) revela como causas principais para o aumento dos números de venda da pílula do dia seguinte a insuficiente educação sexual, dificuldades financeiras para adquirir contraceção primária e o aumento da eficácia da pílula, cujo efeito agora se estende à “janela terapêutica de cinco dias”.

    Vera Carnapete, psicóloga e terapeuta sexual, afirma que o aumento da venda de pílulas do dia seguinte se prende com a incorreta utilização de preservativos, afirmando que, embora nas escolas seja transmitida a informação sobre o que é um preservativo, não se ensina aos alunos como o colocar.
    2007 foi o ano em que se venderam mais pílulas do dia seguinte em Portugal, tendo sido registadas 237 mil vendas.

    FONTE: Observador.pt

  36. Webinar: Violência no Namoro

    segunda-feira, 25 de abril de 2016

    O Projeto WebEducaçãoSexual organiza, às 22horas de 28 de Abril, uma webinar sobre  a temática da violência no namoro.
    Todos os detalhes aqui.

  37. Dia Mundial do Beijo

    quarta-feira, 13 de abril de 2016

    Hoje, dia 13 de abril, comemora-se o dia mundial do beijo.
    O beijo tanto pode ser uma expressão de afeição, de amor, de proximidade, de reverência ou de atração sexual. O seu significado varia de cultura para cultura, conforme o contexto social e a época.
    Para além da dimensão social, o beijo tem impacto no corpo de quem beija: um beijo liberta endorfinas, tendo por isso um poder calmante. E um beijo na boca pode transferir milhões de bactérias, o que pode ser bom, pois estimula o sistema imunitário. É só vantagens.
    São conhecidas, algumas até icónicas, cenas de beijo do cinema. Quem não se lembra do beijo entre Leonardo DiCaprio e Kate Winslet no filme 'Titanic', do beijo dos cowboys em 'O Segredo de Brokeback Mountain', do beijo à chuva marcou no filme 'Match Point' de Woody Allen, ... Tal é a importância dos beijos que até existe a categoria 'Melhor Beijo' nos MTV Movie Awards.
    Poderíamos também falar de beijos famosos presentes na escultura, na pintura, na literatura, entre outras artes, contudo importa destacar o gesto de amor/carinho/atração/reverência enquanto fulcral (ou não!) nas relações humanas.



    Há cerca de 2 anos, numa apresentação/workshop algures no Baixo Alentejo, criei este pequeno vídeo com a mensagem - "Um beijo é um beijo!".

  38. O papa Francisco, com a inteligência e a razoabilidade que o caracterizam, reconhece o inevitável. Só se lamenta que a Igreja demore tanto para dar passos tão pequeninos.

    A exortação apostólica do Papa Francisco com as conclusões do Sínodo da Família, divulgada hoje, rejeita que a educação sexual passe por “banalizar e empobrecer a sexualidade”.
    A educação sexual deve ser realizada “no contexto duma educação para o amor, para a doação mútua”, sublinha o documento, intitulado ‘Amoris laetitia’ (A Alegria do Amor).
    Francisco rejeita, por exemplo, a expressão “sexo seguro”, por considerar que transmite “uma atitude negativa a respeito da finalidade procriadora natural da sexualidade, como se um possível filho fosse um inimigo de que é preciso proteger-se.
    “Deste modo promove-se a agressividade narcisista, em vez do acolhimento”, acrescenta.
    Para o Papa, a sexualidade corre o “grande risco de se ver dominada pelo espírito venenoso do ‘usa e deita fora’”.
    “A educação sexual oferece informação, mas sem esquecer que as crianças e os jovens ainda não alcançaram plena maturidade. A informação deve chegar no momento apropriado e de forma adequada à fase que vivem”, observa ainda.
    Francisco lamenta que se tenha perdido a noção do “pudor”, que considera “uma defesa natural da pessoa que resguarda a sua interioridade e evita ser transformada em mero objeto”.
    “Sem o pudor, podemos reduzir o afeto e a sexualidade a obsessões que nos concentram apenas nos órgãos genitais”, realça.
    O Papa entende que é diferente “compreender as fragilidades da idade” de “encorajar os adolescentes a prolongarem a imaturidade da sua forma de amar”.
    “Mas, quem fala hoje destas coisas? Quem é capaz de tomar os jovens a sério? Quem os ajuda a preparar-se seriamente para um amor grande e generoso? Não se toma a sério a educação sexual”, adverte.
    Fonte: Agência Ecclesia

  39. A Química do Amor

    quinta-feira, 24 de março de 2016


  40. Alguns dados do estudo HSBC-OMS

    sábado, 19 de março de 2016


    Foi publicado ontem o estudo Health Behaviour in School-Aged Children (HBSC):International Report from the 2013/2014 Survey. Em Portugal a recolha de dados está por conta da equipa Aventura Social, coordenada por Margarida Gaspar de Matos.

    Analisei os resultados e, seguidamente, apresento os dados de Portugal referentes à temática da Educação para a Sexualidade:

    - Aos 15 anos, 13% das raparigas e 26% dos rapazes já tiveram relações sexuais. Os rapazes estão um pouco acima e as raparigas um pouco abaixo da média dos 44 países analisados no estudo.
    - A facilidade em dialogar com as mães é bastante elevada e é quase igual em rapazes e raparigas de 11, 13 e 15 anos. No que concerne à facilidade de diálogo com os pais, esta é mais baixa do que a verificada em relação às mães; é mais elevada nos rapazes e nas raparigas vai decrescendo com a idade (apenas 49% aos 15 anos).
    - Sentem um grande apoio da família aos 11 anos, mas aos 13 e 15 reportam uma diminuição do apoio.
    - As raparigas sentem mais apoio do pares do que os rapazes em todas as idades analisadas (11, 13 e 15 anos).
    - Três quartos de jovens de 15 anos utilizaram preservativo na última relação sexual.
    - Em relação ao uso da pílula, 29% das raparigas e 41% dos rapazes de 15 anos apontam a utilização deste método contraceptivo na última relação sexual.

    Todos os dados, e respectiva análise, recolhidos em 2014 em Portugal podem ser consultados no relatório elaborado pela equipa Aventura Social em Abril de 2015.


  41. A APF Algarve organiza o Encontro de Profissionais de Educação, numa edição dedicada ao tema "À conversa sobre Educação para a Saúde e Bem-estar na Escola: O Sentido da Mudança”, que terá lugar nos dias 15 e 16 de abril, no INUAF – Instituto Superior Dom Afonso III, em Loulé. Toda a info aqui

    Inscrição gratuita e obrigatória no link: http://goo.gl/forms/tR4xcwB4YL

  42. Lágrima que deito

    domingo, 13 de março de 2016

    “Lágrima que deito”, é uma grande reportagem sobre a violência no namoro e como os rapazes e as raparigas gerem os relacionamentos.

    Esta reportagem foi realizada na Escola Secundária 2 3 Lima de Freitas, em Setúbal, onde está em prática um projeto único no país. Trata-se de um projeto de igualdade que visa sensibilizar os estudantes para os atos violentos e discriminatórios praticados pelos mais novos e já conta com 500 alunos envolvidos em campanhas de sensibilização.
    Ao longo de dois meses, uma equipa da RTP recolheu, nesta escola, depoimentos exclusivos e perturbadores de raparigas que foram e continuam a ser vítimas de violência por parte dos namorados; de estudantes que são discriminados por colegas e de como a violência precoce é um sofrimento para o resto da vida.
    Esta reportagem questiona os valores que são transmitidos aos mais novos e até que ponto há ou não igualdade e respeito nas relações entre os dois géneros desde tenra idade.

    A reportagem pode ser vista aqui

  43. #faceuptodomesticviolence

    terça-feira, 8 de março de 2016

    O músico Hozier associou-se à luta contra a violência doméstica criando e oferecendo a música Cherry Wine.

  44. Este documento com a chancela da UNESCO foi publicado no final do ano passado. Tinha-me escapado, até agora!
    Recomendo uma leitura atenta do documento, pois ele encerra evidências teóricas e práticas da implementação efetiva de educação para a sexualidade em contexto escolar.


    Pode ler-se na conclusão:
    Evidence demonstrates clearly that CSE contributes to HIV prevention, as well as broader SRH and gender equality outcomes. As such, CSE is a critical enabler within the HIV response and should therefore form part of any national HIV response, while education more broadly remains an important development synergy. UNAIDS has recently cited comprehensive age-appropriate sexuality education as one of five key recommendations to fast track the HIV response and end the AIDS epidemic among young women and girls across Africa (UNAIDS and African Union, 2015).
    Young people themselves are increasingly demanding their right to sexuality education, as witnessed over the last five years through a number of calls to action. The development of International Technical Guidance on Sexuality Education (2009), the European Standards for Sexuality Education (2010) and the UNFPA Operational Guidance for Sexuality Education (2014) have all represented key milestones in defining CSE and providing support for countries to identify CSE key components based on the best available evidence. These technical guides, along with programme support and engagement from a wide range of stakeholders, have facilitated the process of implementing, measuring and assessing national CSE programmes to ensure that they meet agreed international standards.
    The data generated through this situational analysis reflects the increased political commitment and attention given to CSE at a global level. The vast majority of countries are now actively embracing the concept and engaging in the process of supporting – or strengthening – its implementation at a national level. This has resulted specifically in ongoing attention to curricula revision in many countries, integration of CSE into the national curriculum and the development and roll-out of effective teacher training.
    Continued advocacy and support are required to ensure that these gains are sustained and to integrate evidence and lessons – including specifically the need to address gender and rights within CSE – to strengthen the delivery of CSE in practice. Young people around the world need comprehensive, age-appropriate sexuality education to develop their self-esteem and gain the knowledge and skills to make conscious, healthy and respectful choices about relationships and sexuality.

  45. A propósito dos Óscares...

    domingo, 28 de fevereiro de 2016

    ...partilho três filmes nomeados para os Óscares 2016 em que são abordadas temáticas relacionadas com a sexualidade. É uma óptima ideia para discutir e trabalhar inúmeros temas.
    Bons filmes e bons debates!







  46. Acabou a birra do senhor Aníbal

    sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

    Presidente promulgou a adopção por casais gay e alterações ao aborto (aqui)

  47. Não se calem perante o sexismo!

    segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

    "O masculino é um falso neutro. O masculino é masculino, o feminino é feminino. O masculino não inclui o feminino, tal como o feminino não inclui o masculino. Não “somos todos portugueses”
    (...) 
    O masculino é um falso neutro. O masculino é masculino, o feminino é feminino. O masculino não inclui o feminino, tal como o feminino não inclui o masculino. Não “somos todos portugueses”. Há cidadãos portugueses e há cidadãs portuguesas. Sim, “somos o povo português ou a população ou a nação portuguesa”, mas “povo”, “população” ou “nação” são nomes com um único género. Contrariamente a português/portuguesa, cidadão/cidadã, humano/humana. “Ser” é um nome masculino, sem que exista um equivalente feminino. “Humano” é um adjetivo masculino que tem o seu igual feminino. Daí que, por condordância nominal, não se diga que as mulheres são seres humanas, mas se diga que as mulheres são humanas. Dizer “somos todos portugueses e basta”, é um erro. E se um só exemplo bastar, eu cá estou para comprová-lo. Eu, de facto, não sou português. Sou portuguesa. 
    (...)"
    Ler tudo aqui

  48. Miguel, cale-se!

    sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

    Miguel Esteves Cardoso espalhou-se ao comprido na sua crónica de hoje no Público.
    A "crónica" (é mesmo assim com aspas!) intitulada "Calem-se!" é um pedaço de hipocrisia bem escrevinhado. Tenho pena, pois gosto muito do MEC. No melhor pano caiu uma grande nódoa!


    Cada vez que alguém, prestes a dirigir-se à população, arranca com "portuguesas e portugueses" dou comigo a gritar um grito fininho que me dá cabo dos ouvidos.
    Cerro os punhos e rosno quando são machos com aquela condescendência oiticentista de dizer "portugueses e portuguesas" com a entoação de quem se orgulha em mostrar que se é moderno ao ponto de não se esquecer das mulheres. Diz aquele sorriso meio-engatatão, meio-paternal: "Ah pois! Eu faço questão de incluir o mulherio!"
    Vamos lá por partes. Somos todos portugueses. Todos nós, seja de que sexo ou de que sexualidade formos, somos portugueses. Somos o povo português ou a população ou a nação portuguesa.
    Como somos todos portugueses quando alguém fala em "portugueses e portuguesas" está a falar duas vezes das mulheres portuguesas. As mulheres estão obviamente incluidas nos portugueses. Mas, ao falar singularmente das portuguesas, está-se propositadamente a excluir os homens, como se as mulheres fossem portugueses de primeiro (ou de segundo, tanto faz) grau.
    Somos todos seres humanos. As mulheres não são seres humanas. Quando se fala na língua portuguesa não se está a pensar apenas na língua que falam as portuguesas. É a língua dos portugueses e doutros povos menos idiotas.
    "Portuguesas e portugueses" não é apenas um erro e um pleonasmo: é uma estupidez, uma piroseira e uma redundância que fede a um machismo ignorante e desconfortavelmente satisfeitinho.
    Somos todos portugueses e basta.

  49. Crianças que diariamente têm que pôr máscaras!

    terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

    Curta de animação da ANG dinamarquesa Bryd Tavsheden ("Quebrar o Silêncio"), feito em 5 semanas por um grupo estudantes num Workshop de Animação.
    O vídeo incide sobre o abuso e violência infantil e visa promover a quebra do silêncio nestas situações.


  50. A mutilação genital feminina (também designada por excisão) consiste na remoção parcial ou total dos órgãos genitais externos femininos (clitóris, pequenos e grandes lábios) e causa lesões físicas e psíquicas graves e permanentes, como hemorragias, infecções, infertilidade e morte.
    Estima-se que 140 milhões de mulheres em todo o mundo sejam mutiladas e que três milhões de meninas estejam em risco anualmente. A prática resiste sobretudo em cerca de três dezenas de países africanos, mas também na Ásia e no Médio Oriente.


    Infelizmente, é uma realidade existente no nosso país. 
    O primeiro estudo realizado sobre este fenómeno no nosso país, conclui que mais de seis mil mulheres com mais de 15 anos e residentes em Portugal foram submetidas a alguma forma de mutilação genital.
    A maioria destas 6576 mulheres pertence à comunidade imigrante da Guiné-Bissau, seguem-se a Guiné-Conacri (163 casos), o Senegal (111) e o Egipto (55).
    No grupo etário entre os zero e os 14 anos, o trabalho encontrou 1830 meninas, nascidas em países praticantes ou filhas de mães de países praticantes, que já foram ou serão submetidas à mutilação genital, afirmou. De resto, segundo notícia do Público, quase metade das guineenses é submetida a mutilação genital.


    Parece impossível em pleno século XXI esta prática continuar a ser uma realidade. Contudo, é preciso ter noção que não se altera a situação com proibições e legislações penalizadoras, pois só apostando na (in)formação se pode por um ponto final nesta situação.

    FONTES: Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género, Amnistia Internacional Portugal, Público


  51. Cenas tristes

    quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

    É triste (para usar uma palavra simpática) o comportamento do Presidente da República face à Lei da adoção por casais homossexuais e às alterações à Lei do aborto. É triste pelo enquadramento. É triste pela 'birra' do veto, sabendo-se que terá de as promulgar. É triste porque falta ao respeito a muitos milhares de portugueses. É triste porque não faz uma leitura isenta da constituição. É triste porque está de saída. É um triste!

    Cavaco Silva poderia ter feito as coisas de outra maneira, sobretudo de forma mais digna para ele próprio. A rábula dos diplomas ficarem esquecidos na portaria em nada engrandece a figura do presidente. Não será por acaso que a abstenção está nos níveis em que está!


    Cavaco veta adoção por casais do mesmo sexo e alterações à lei do aborto

    Lei da adoção por casais gay ficou quatro dias na portaria de Belém

    Cavaco vai ter de aprovar adoção gay e mudança na lei do aborto que vetou

    Diogo Infante lamenta "tiro no pé" de Cavaco Silva

  52. A viagem de Peludim

    sábado, 23 de janeiro de 2016

    Um livro. 

    Um site (www.peludim.com).
    Um conjunto de materiais para ajudar a trabalhar temáticas da Educação Sexual no pré-escolar e no 1º ciclo.


  53. Leitura obrigatória

    segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

    Entrevista da psicóloga Gabriela Moita ao especialista em Psicologia da Sexualidade Félix López, que esteve em Portugal para uma conferência sobre a ética das relações amorosas.
    Ler tudo aqui.